sábado, 6 de junho de 2015

Livres da corrupção

Francisco pediu que os cristãos não se deixem levar por competições, arrogância e mediocridade
«A Eucaristia não é um prêmio para os bons, mas é a força para os débeis, para os pecadores», o único e verdadeiro antídoto capaz de livrar o homem da corrupção. No final da tarde de quinta-feira, 4 de Junho, celebrando a missa de Corpus Christi no adro da basílica lateranense, catedral de Roma, antes da procissão eucarística até Santa Maria Maior, mais uma vez o Papa Francisco lançou uma severa admoestação contra o risco da corrupção. Enriquecendo como de costume o texto preparado com algumas considerações improvisadas, o Pontífice advertiu sobre a dupla ameaça, sintetizada pelos termos «desagregar-nos» e «degradar-nos». Em relação à primeira frisou que nos desagregamos «quando não vivemos a fraternidade, quando competimos para ocupar os primeiros lugares, quando não encontramos a coragem para testemunhar a caridade». Ao contrário «as Eucaristia permite que não nos desagreguemos. Nutrindo-nos dela inserimo-nos num caminho que não admite divisões». Porque, explicou, «Cristo exige que a força do amor supere qualquer dilaceração e ao mesmo tempo se torne comunhão inclusive com o mais pobre, apoio para o débil, atenção fraterna a quantos sentem dificuldade em carregar o peso da vida diária, e correm o perigo de perder a fé».
Quanto ao segundo termo, Francisco evidenciou que ele significa «diminuir a nossa dignidade cristã», isto é «deixar-nos afetar pelas idolatrias do nosso tempo: a aparência, o consumo, o eu no centro de tudo; mas também ser competitivo, a arrogância, nunca ter que admitir que se errou ou que se tem necessidade». De fato, tudo isso «nos degrada, nos torna cristãos medíocres, tíbios, insípidos, pagãos». Por isso exortou a beber na fonte do sangue de Cristo «para evitar o risco da corrupção. E então experimentaremos a graça de uma transformação: seremos sempre pobres pecadores, mas o sangue de Cristo libertar-nos-á dos nossos pecados e restituir-nos-á a nossa dignidade». 
SIR

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