Para Goldman, tentativa é "consequência do momento que eles estão vivendo, de fase terminal".
Representantes da direção nacional do PSDB e lideranças do partido no Congresso rechaçaram a proposta de aproximação feita por integrantes da cúpula do PT e do Palácio do Planalto neste momento de aprofundamento das crises econômica e política. Na avaliação de diferentes setores do PSDB, não há razão política para os tucanos iniciarem um dialogo com os petistas, diante do histórico de embates eleitorais.
Pessoas próximas ao ex-presidente Lula procuraram o antecessor, Fernando Henrique Cardoso, para propor uma conversa sobre a atual crise política. Entre os temas do encontro estaria a discussão em torno de um possível processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A tentativa de aproximação foi revelada pela "Folha de S.Paulo".
"Esse tipo de iniciativa é consequência do momento que eles estão vivendo, de fase terminal. É absoluto desespero. Na questão política, não temos nenhuma razão para esticarmos a mão" ressaltou o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman. O presidente estadual do PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, um dos principais aliados do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), considerou as investidas dos adversários com um "teatro".
"Neste momento, falar em diálogo, algo que nunca houve? É um teatro, um factoide para tentar sair das cordas", disparou Pestana. "Esse tipo de iniciativa é uma mistura de desespero e cinismo. Lula se acha esperto e está tentando socializar a crise mas ela é totalmente deles. Nos 'inclua' fora dessa", acrescentou o mineiro.
Para o dirigente, a reação de FHC de ter informado que o ex-presidente Lula não precisaria de interlocutores para marcar um encontro foi apenas um "gesto educado". "Ele é um estadista, mas na verdade o sentimento é de que quem pariu Mateus, que o embale", disse. As reações dos tucanos também foram expressas num artigo publicado hoje pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do PSDB. "Foram anos em que o PT reiteradamente provocou o embate, estimulou a divisão, recusou a opinião crítica (qualquer uma), atacou instituições e transformou adversários em inimigos. Agora, quando o calo aperta de vez, a postura muda num passe de mágica. Será?", questiona trecho do texto.
Embora uma primeira ofensiva da aproximação entre Lula e FHC tenha sido frustrada, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, o advogado Sigmaringa Seixas, os ex-ministros Nelson Jobim e Antonio Palocci e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), são os "patronos" da nova tentativa. "O momento é de trazer para a mesa de diálogo pessoas com experiência, sabedoria e equilíbrio", afirmou Delcídio. "Temos de deixar os enfrentamentos políticos de lado e cuidar do Brasil".
As primeiras conversas para pôr de pé o "pacto pela governabilidade" ocorreram no início de março, pouco antes dos protestos contra a presidente Dilma, que vê com simpatia a tentativa de aproximação com Fernando Henrique, até mesmo pelo simbolismo do encontro. À época, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apelidado no PT de "pelicano" -- o mais petista dos tucanos --, conversou com o ex-presidente.
Diante do assédio de outros governistas, porém, Fernando Henrique divulgou uma nota. "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. (...) Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", escreveu ele. Dias depois, em entrevista ao Estado, Fernando Henrique disse não ter nada a tratar com Lula. "Ele quer é acusar. Ele é o bom, nós somos os maus. Então, não há como dialogar com quem não quer dialogar", argumentou o tucano.
Pessoas próximas ao ex-presidente Lula procuraram o antecessor, Fernando Henrique Cardoso, para propor uma conversa sobre a atual crise política. Entre os temas do encontro estaria a discussão em torno de um possível processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A tentativa de aproximação foi revelada pela "Folha de S.Paulo".
"Esse tipo de iniciativa é consequência do momento que eles estão vivendo, de fase terminal. É absoluto desespero. Na questão política, não temos nenhuma razão para esticarmos a mão" ressaltou o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman. O presidente estadual do PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, um dos principais aliados do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), considerou as investidas dos adversários com um "teatro".
"Neste momento, falar em diálogo, algo que nunca houve? É um teatro, um factoide para tentar sair das cordas", disparou Pestana. "Esse tipo de iniciativa é uma mistura de desespero e cinismo. Lula se acha esperto e está tentando socializar a crise mas ela é totalmente deles. Nos 'inclua' fora dessa", acrescentou o mineiro.
Para o dirigente, a reação de FHC de ter informado que o ex-presidente Lula não precisaria de interlocutores para marcar um encontro foi apenas um "gesto educado". "Ele é um estadista, mas na verdade o sentimento é de que quem pariu Mateus, que o embale", disse. As reações dos tucanos também foram expressas num artigo publicado hoje pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do PSDB. "Foram anos em que o PT reiteradamente provocou o embate, estimulou a divisão, recusou a opinião crítica (qualquer uma), atacou instituições e transformou adversários em inimigos. Agora, quando o calo aperta de vez, a postura muda num passe de mágica. Será?", questiona trecho do texto.
Embora uma primeira ofensiva da aproximação entre Lula e FHC tenha sido frustrada, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, o advogado Sigmaringa Seixas, os ex-ministros Nelson Jobim e Antonio Palocci e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), são os "patronos" da nova tentativa. "O momento é de trazer para a mesa de diálogo pessoas com experiência, sabedoria e equilíbrio", afirmou Delcídio. "Temos de deixar os enfrentamentos políticos de lado e cuidar do Brasil".
As primeiras conversas para pôr de pé o "pacto pela governabilidade" ocorreram no início de março, pouco antes dos protestos contra a presidente Dilma, que vê com simpatia a tentativa de aproximação com Fernando Henrique, até mesmo pelo simbolismo do encontro. À época, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apelidado no PT de "pelicano" -- o mais petista dos tucanos --, conversou com o ex-presidente.
Diante do assédio de outros governistas, porém, Fernando Henrique divulgou uma nota. "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. (...) Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", escreveu ele. Dias depois, em entrevista ao Estado, Fernando Henrique disse não ter nada a tratar com Lula. "Ele quer é acusar. Ele é o bom, nós somos os maus. Então, não há como dialogar com quem não quer dialogar", argumentou o tucano.
Agência Estado
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