Não se pode calar quando o congresso é dominado pela escória.
Por Ricardo Soares*
No Brasil atual mais do que nunca parece valer a lógica do "quem cala consente". Infelizmente as circunstâncias fazem com que os calados cada vez mais se transformem em cúmplices diante da escalada sem trégua da intolerância, estupidez, homofobia, ignorância e fascismo maquiados de opiniões pretensamente democráticas . A democracia para essa gente só vale quando a verdade deles triunfa. Seja de que jeito for.
Sem alarmismo e sem teoria conspiratória embalada para presente a gente pode afirmar com certeza de que a vergonha na cara dessa gente foi carcomida pelos mesmos cupins que devoram as caras de pau que eles tem. Pregam o golpe, a extinção dos contrários , destilam o ódio e a virulência verbal inconseqüente para depois se fazerem de vítimas. Igualzinhos àqueles moleques criados por avós que provocam os outros e quando vão apanhar dos provocados saem correndo. São os que jogam futebol simplesmente porque são os donos da bola. Ou imaginam ser.
Como todos sabemos virou moda ser galinho de briga para bater na esquerda , no governo, no Lula e em qualquer iniciativa tida como progressista ou humanista que visa o bem comum. Essa gente de maus bofes quer criminalizar a esquerda como um todo e não simplesmente extirpar sua parte podre e corrupta que tanto mal fez à credibilidade das instituições sérias do Brasil.
Não é nosso problema o expurgo interno que o PT tem que fazer na tentativa (vã?) de recuperar a imagem ética perdida. Mas é nosso problema exigir do PT , enquanto partido no poder, que separe seu joio grosso de seu trigo. Isso já deveria ter sido feito lá atrás, no mensalão, sob pena de agora ser tarde demais. O PT nos deve sim satisfações mas cobrá-las com o dedo na cara de maneira ofensiva, num discurso abjeto que criminaliza a tudo e a todos é inaceitável. Ainda mais quando os que apontam as falhas alheias tem os dedos imundos. Temos sim que combater esse discurso de ódio e não deixar que eles invertam a prosa. Não se pode calar quando o congresso é dominado pela escória , por bandidos e falsos pastores, por elementos que achacam em nome de Deus, que defendem primeiro seus próprios interesses e depois os do rebanho que dizem representar. Eles, antes de mais nada, legislam em causa própria, manipulando votos e consciências , fazendo cultos no plenário em uma casa que deveria ser laica acima de tudo. Quem pode deter essa gente nefasta que prega homofobia, desrespeito a religiões alheias , que apregoa a ignorância e a leitura rasa da Bíblia ? Somos nós, apenas nós. Por isso não devemos calar.
Vamos e venhamos. Hoje o Congresso brasileiro, comandado por Calheiros e Cunha é uma vergonha mundial, pois mesmo que nada se prove contra esses tipos no mínimo é bom lembrar que os dois são investigados por uma penca de crimes e irregularidades. Sob suspeitas deveriam se afastar até que fossem julgados. Não sei quanto a vocês mas eu me envergonho do Congresso do meu país. Acho inaceitável ver aquele expressão de santo de pau oco de Renan e Cunha . Acharia intragável ter que ver esses sujeitos todos os dias como profissional de imprensa e trata-los com um respeito que não devotam a nação. Calar diante disso é ser conivente sim. Teríamos que estar nas ruas para cobrar vergonha na cara desses elementos e não para derrubar, por pior que seja, um governo que foi eleito democraticamente e que por causa das pressões cede diante de banqueiros, "agronegociadores" e a pestilência vampiresca do PMDB .
No meio ou ao fim disso tudo o jornalismo perdeu sua mão e virou oposição partidária. Perdeu sua função original para transformar-se num partideco de muitas caras mas de objetivos em comum que é a desestabilização total do governo como se as alternativas existentes fossem a salvação da lavoura. Nunca imaginei que fosse assistir jornalistas de baixíssima extração intelectual, sem o menor preparo ético ou cultural, destilarem tanto preconceito num raciocínio que se ampara na lógica do patrão. Se a era digital anuncia a crônica de uma morte anunciada para a imprensa tal qual a conhecemos a postura militante e engajada dessa mídia mentirosa só antecipa essa morte lenta.
Bom, você pode perguntar onde quero chegar com essa minha prosa. Ao começo do texto onde eu digo que quem cala é cúmplice. Não é hora de se esconder. Não deixe que falem por você ou que interpretem a sua insatisfação legítima com desejos golpistas ou ambições fascistas. O Brasil vive um momento delicado onde tentam turvar até um dos nossos traços mais bonitos que é a tolerância e o respeito entre as religiões. Não sei de onde saíram tantos fantasmas obscuros e ignaros ao mesmo tempo. Só sei que cada vez mais eu estou armazenando réstias de alho e litros de água benta para exorcizar esses vampiros da lucidez. Não quero que o país volte para trás. Vamos invadir a Transilvânia deles e espetar estacas nesses corações covardes onde guardam tanto ódio. E isso é uma figura de linguagem,ok ? Tudo isso tem que ser feito na paz do santo argumento contrário ao deles. Não levantemos as mãos contra os irmãos das trevas senão damos a eles a desculpa do revide. Se sem revidar já é assim imagina essa família Addams de intolerantes uivando mais forte clamando para que um tropel de bestas desabe sobre a gente.
No Brasil atual mais do que nunca parece valer a lógica do "quem cala consente". Infelizmente as circunstâncias fazem com que os calados cada vez mais se transformem em cúmplices diante da escalada sem trégua da intolerância, estupidez, homofobia, ignorância e fascismo maquiados de opiniões pretensamente democráticas . A democracia para essa gente só vale quando a verdade deles triunfa. Seja de que jeito for.
Sem alarmismo e sem teoria conspiratória embalada para presente a gente pode afirmar com certeza de que a vergonha na cara dessa gente foi carcomida pelos mesmos cupins que devoram as caras de pau que eles tem. Pregam o golpe, a extinção dos contrários , destilam o ódio e a virulência verbal inconseqüente para depois se fazerem de vítimas. Igualzinhos àqueles moleques criados por avós que provocam os outros e quando vão apanhar dos provocados saem correndo. São os que jogam futebol simplesmente porque são os donos da bola. Ou imaginam ser.
Como todos sabemos virou moda ser galinho de briga para bater na esquerda , no governo, no Lula e em qualquer iniciativa tida como progressista ou humanista que visa o bem comum. Essa gente de maus bofes quer criminalizar a esquerda como um todo e não simplesmente extirpar sua parte podre e corrupta que tanto mal fez à credibilidade das instituições sérias do Brasil.
Não é nosso problema o expurgo interno que o PT tem que fazer na tentativa (vã?) de recuperar a imagem ética perdida. Mas é nosso problema exigir do PT , enquanto partido no poder, que separe seu joio grosso de seu trigo. Isso já deveria ter sido feito lá atrás, no mensalão, sob pena de agora ser tarde demais. O PT nos deve sim satisfações mas cobrá-las com o dedo na cara de maneira ofensiva, num discurso abjeto que criminaliza a tudo e a todos é inaceitável. Ainda mais quando os que apontam as falhas alheias tem os dedos imundos. Temos sim que combater esse discurso de ódio e não deixar que eles invertam a prosa. Não se pode calar quando o congresso é dominado pela escória , por bandidos e falsos pastores, por elementos que achacam em nome de Deus, que defendem primeiro seus próprios interesses e depois os do rebanho que dizem representar. Eles, antes de mais nada, legislam em causa própria, manipulando votos e consciências , fazendo cultos no plenário em uma casa que deveria ser laica acima de tudo. Quem pode deter essa gente nefasta que prega homofobia, desrespeito a religiões alheias , que apregoa a ignorância e a leitura rasa da Bíblia ? Somos nós, apenas nós. Por isso não devemos calar.
Vamos e venhamos. Hoje o Congresso brasileiro, comandado por Calheiros e Cunha é uma vergonha mundial, pois mesmo que nada se prove contra esses tipos no mínimo é bom lembrar que os dois são investigados por uma penca de crimes e irregularidades. Sob suspeitas deveriam se afastar até que fossem julgados. Não sei quanto a vocês mas eu me envergonho do Congresso do meu país. Acho inaceitável ver aquele expressão de santo de pau oco de Renan e Cunha . Acharia intragável ter que ver esses sujeitos todos os dias como profissional de imprensa e trata-los com um respeito que não devotam a nação. Calar diante disso é ser conivente sim. Teríamos que estar nas ruas para cobrar vergonha na cara desses elementos e não para derrubar, por pior que seja, um governo que foi eleito democraticamente e que por causa das pressões cede diante de banqueiros, "agronegociadores" e a pestilência vampiresca do PMDB .
No meio ou ao fim disso tudo o jornalismo perdeu sua mão e virou oposição partidária. Perdeu sua função original para transformar-se num partideco de muitas caras mas de objetivos em comum que é a desestabilização total do governo como se as alternativas existentes fossem a salvação da lavoura. Nunca imaginei que fosse assistir jornalistas de baixíssima extração intelectual, sem o menor preparo ético ou cultural, destilarem tanto preconceito num raciocínio que se ampara na lógica do patrão. Se a era digital anuncia a crônica de uma morte anunciada para a imprensa tal qual a conhecemos a postura militante e engajada dessa mídia mentirosa só antecipa essa morte lenta.
Bom, você pode perguntar onde quero chegar com essa minha prosa. Ao começo do texto onde eu digo que quem cala é cúmplice. Não é hora de se esconder. Não deixe que falem por você ou que interpretem a sua insatisfação legítima com desejos golpistas ou ambições fascistas. O Brasil vive um momento delicado onde tentam turvar até um dos nossos traços mais bonitos que é a tolerância e o respeito entre as religiões. Não sei de onde saíram tantos fantasmas obscuros e ignaros ao mesmo tempo. Só sei que cada vez mais eu estou armazenando réstias de alho e litros de água benta para exorcizar esses vampiros da lucidez. Não quero que o país volte para trás. Vamos invadir a Transilvânia deles e espetar estacas nesses corações covardes onde guardam tanto ódio. E isso é uma figura de linguagem,ok ? Tudo isso tem que ser feito na paz do santo argumento contrário ao deles. Não levantemos as mãos contra os irmãos das trevas senão damos a eles a desculpa do revide. Se sem revidar já é assim imagina essa família Addams de intolerantes uivando mais forte clamando para que um tropel de bestas desabe sobre a gente.
*Ricardo Soares é diretor de tv, escritor , roteirista e jornalista. Foi cronista da revista "Rolling Stone" e dos jornais "O Estado de S.Paulo", "Jornal da Tarde" e "Diário do Grande Abc".
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