quarta-feira, 12 de agosto de 2015

D. Manuel Clemente defendeu em Taizé «uma Europa mais acolhedora»


D. Manuel Clemente defendeu em Taizé «uma Europa mais acolhedora»
Agência Ecclesia 12 de Agosto de 2015,AFP
Malavolta/AFP
Tema foi abordado pelo cardeal-patriarca de Lisboa no encontro «Por uma nova solidariedade»

António Marujo, jornalista do religionline.blogspot.pt, em serviço especial para a Agência ECCLESIA

Borgonha, França, 12 ago 2015 (Ecclesia) - O cardeal-patriarca de Lisboa defendeu em Taizé, França, que a Europa só crescerá na medida em que for capaz de acolher as pessoas que a procuram.

 D. Manuel Clemente encontra-se junto da comunidade ecuménica, na companhia de um grupo de jovens portugueses, no âmbito da participação num encontro internacional intitulado "Por uma nova solidariedade".

Sobre a questão das migrações, e perante jornalistas de diferentes países, D. Manuel Clemente frisou que, "para Portugal, a questão das migrações não é de hoje, mas de sempre. Mas, admitiu, se os imigrantes estão bem integrados, também há quem tenha “medo” de que eles venham “roubar” o emprego.

“A Igreja também contribui, nas paróquias da periferia de Lisboa, para os integrar na vida das comunidades ou na catequese”, acrescentou.  

Durante esta semana, o referido encontro internacional assinala os 100 anos do nascimento do irmão Roger, fundador de Taizé, e os 10 anos da sua morte (16 de Agosto de 2005) e os 75 anos da sua chegada à aldeia para fundar a comunidade, que reúne monges católicos e protestantes.

Carlotta Capri, responsável do JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados) afirmou à Agência ECCLESIA que o apelo do Papa Francisco, para que as congregações e ordens religiosas ponham à disposição dos refugiados, pobres e migrantes instalações menos utilizadas, teve eco em Itália.

“Várias comunidades contactaram o JRS [Serviço Jesuíta aos Refugiados] para oferecer disponibilidade de quartos ou de instalações que já não utilizavam.”

Carlotta Carpi, que participa também neste semana especial em Taizé acrescenta que, em Itália, o apelo do Papa levou as comunidades a questionarem-se fortemente.

O JRS está agora a iniciar um projecto para o segundo acolhimento; ou seja, pessoas que já têm uma ténue forma de integração social, são acolhidas em centros especiais, pagando uma renda simbólica.

“O acolhimento a refugiados, em Itália, é muito limitado.” Por isso, este projecto adquire ainda mais importância, acrescenta aquela responsável.

Recuando dois anos no tempo, Carlotta Carpi diz que a viagem do Papa à ilha de Lampedusa, onde chegam muitos refugiados vindos da costa africana, “deu motivação às pessoas do lugar para se organizarem”.

E deu também, a muita gente, a consciência da importância de acolher refugiados que chegam.

(o autor escreve segundo a anterior nota ortográfica)

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