A Eucaristia é Jesus mesmo que se doa por inteiro a seu povo. Alimentar-se dele, mistério inefável, quer dizer habitar nele mediante a comunhão eucarística, acolhida com muita fé. A partir do Filho de Deus, pão descido do céu, a vida das pessoas, evidentemente, se transforma em dom para Deus e para os irmãos. Alimentar-se daquele “Pão da Vida” significa entrar em sintonia com o coração de Cristo e colocar na mente e no coração seu projeto de amor para com a humanidade, nas palavras do Papa Francisco logo no início do seu pontificado (17/03/2013): “Sejam mais indulgentes e não tão apressados em condenar as falhas dos outros; um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo”. Isso significa verdadeiramente entrar em comunhão com Deus, como criaturas transformadas, alegres e felizes, homens e mulheres de paz, perdão, reconciliação e partilha solidária, associados ao amor salvífico de Deus, no exemplo do Salvador da humanidade.


O Pão da Vida foi o tema da alocução do Papa Francisco (16/08/2015), que sempre precede a oração do Angelus, tendo como palavra-chave: “O céu começa com esta comunhão com Jesus, tornamo-nos como Jesus”. Falou o Augusto Pontífice da importância do sim com adesão de fé, diante da pouca fé e da objeção em relação à Santa Missa: “Mas para que serve a Missa? Eu vou na Igreja quando sinto vontade, rezo melhor sozinho. Mas a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, não é uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. Nós dizemos, para entender bem, que a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por nós”.
Diante do acima citado, agradeço ao bom Deus os meus 27 anos de sacerdócio, pelas mãos de Dom Aloísio Cardeal Lorscheider (14/08/1988), sem nunca esquecer o desejo de viver a sedução de Deus no profeta Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20, 7), igualmente, a frase de São Francisco de Sales, grande místico e mestre na escola de espiritualidade da Igreja: “Fazer-se tudo para todos”. Por onde passei, dentro das minhas limitações, pude contribuir, procurando animar os desanimados, na esperança de que somos peregrinos do absoluto, em meio às coisas passageiras, a caminho do definitivo, da glória futura, da vida junto de Deus, na lição persistente do Servo de Deus, Helder Câmara: “É graça divina começar bem, graça maior é persistir na caminhada, mas a graça das graças é não desistir nunca”.
*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com
Lindo texto! Digo sempre aos jovens, sem a eucaristia somos como alimento sem sal, quando temos um relacionamento profundo com Jesus Eucarístico, nos tornamos outro ser somos mais frágeis e quando fazemos comunhão diária sentimos que não somos nós que vive no Cristo, mas o Cristo quem vive em nós. Senhor sou dependente de Ti, sem ti Jesus eu não sou nada e ninguém.
ResponderExcluirDigo: Somos mais frágeis com o sofrimento de nossos irmãos.
ExcluirSomos mais frágeis com o sofrimento dos nossos irmãos *
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