quinta-feira, 3 de setembro de 2015

América Central deve reduzir emissões

Aquecimento por emissões provoca seca e afeta a produção de itens básicos na dieta.
A América Central e o Caribe, que vivem uma situação de emergência após uma forte seca, precisam redobrar seus esforços para diminuir o impacto do aquecimento global -- alertou nesta quarta-feira uma especialista da União Internacional para a Conservação da Naturaleza (UICN).
"O aquecimento global está afetando toda a região", especialmente o chamado corredor seco no litoral Pacífico, onde não apenas as espécies estão sendo afetadas, mas também as populações e comunidades nesta região", afirmou Grethel Aguilar, diretora regional da UICN. Aguilar falou sobre o fenômeno climático na abertura da cúpula, realizada no Panamá, que a UICN organiza a cada quatro anos para avaliar a situação ambiental na região.
A América Central vive uma situação de emergência pela seca que atingiu a produção de milho e feijão, itens básicos na dieta regional, e causou a morte de cabeças de gado. A quase totalidade dos cultivos de grãos básicos no corredor seco da América Central foi perdida.
Segundo Aguilar, as mudanças climáticas e o desenvolvimento econômico sem controle aumentou a seca enquanto no Caribe os furacões e tempestades tropicais ganharam mais força e têm efeitos mais devastadores. "Os efeitos da mudança climática não são algo que vemos apenas nos livros, são algo que as comunidades na América Central e no Caribe já sentem com muito impacto", afirmou Aguilar.
A produção de alimentos no corredor seco caiu para entre 10% e 20% de seu nível normal pela seca que afeta a região há dois anos. Ainda de acordo com a especialista, os governos da região adotaram medidas para combater os efeitos das mudanças climáticas, mas "os esforços têm que ser redobrados porque há muita pressão pelo desenvolvimento".
Ela recomentou aos governos centrarem suas políticas em decisões que "protejam os bens e serviços que a natureza oferece", mas alertou que "até que não entendamos que dependemos de outras espécies, da terra e dos recursos para nossa existência, não conseguiremos melhorar esta situação".
AFP

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