A juventude de hoje está se configurando como herdeira das intempéries sociais.
Por Vinícius Paula Figueira
Dias atrás fui convidado a encarar quase 80 jovens para palestrar sobre o palpitante e desafiador tema “como ser jovem no mundo de hoje?”. Bom, antes de mais nada, é oportuno dizer que com o advento do tempo pós-moderno, a sociedade tem vivenciado um período onde tanto as coisas, como as relações humanas, estão cada vez mais “líquidas e frágeis” (Z. Bauman).
Diante disso, qual seria o papel do jovem nos dias de hoje, no contexto de uma sociedade marcada e ferida pela horrenda criminalidade, pelos genocídios, pelas drogas, pela corrupção, etc. permeada pela histórica e aviltante desigualdade de oportunidades que impera em nosso País?
Podemos afirmar que a juventude de hoje está se configurando como herdeira das intempéries sociais e das suas incontáveis contradições. Há, contudo, gérmens de esperança: no coração da moçada lateja o agente revolucionário que pode sacar o ‘s’ da crise (crie), e convertê-la em fonte de inspiração e de oportunidade para realizar utopias e sonhos. A hora é agora!
Há de se considerar que ser “jovem” na atualidade é deveras penoso; poderíamos citar candentes questões: uma delas é a própria condição social, cultural e econômica nas quais nossos jovens estão inseridos, não olvidando o universo “smartphônico”, onde, muito particularmente, a maioria esmagadora da juventude está enfronhada. Hoje, milhões de pessoas estão mais focadas no universo da tela do celular, do que com o universo da tela real e gritante do mundo. Infelizmente, chegamos no tempo onde a tecnologia está perdendo a sua finalidade (comunicação para a verdade e para a paz), ou seja, aproxima quem está longe, mas distancia quem está perto. Estranho! Poucos são os que se interessam em tocar, cheirar, gargalhar, sentir; basta teclar, curtir, compartilhar e pronto. É a impessoalidade que se impõe.
É triste reconhecer, mas chegamos no tempo em que a juventude está sendo corrompida (ela não é simples vítima), no qual a felicidade consiste em “consumir” coisas que produzem prazeres aligeirados; o essencial que muitas das vezes é exigente e desafiador, causa aversão em muitos. Na verdade, tudo que é ligeiro e superficial é fácil, mas tudo que exige empenho, exercício do pensamento e da liberdade é mais profundo e complexo; porém, “sacia e satisfaz a alma”.
Para concluir, parece-me oportuno lembrar de Augusto Cury. Certa vez escreveu: "A juventude de todo o mundo está a perder a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Os desejos não resistem às dificuldades da vida, já os sonhos, são projetos de vida, sobrevivem ao caos". Quem tem ouvidos, ouça! (ou: quem tem olhos, veja!).
Dias atrás fui convidado a encarar quase 80 jovens para palestrar sobre o palpitante e desafiador tema “como ser jovem no mundo de hoje?”. Bom, antes de mais nada, é oportuno dizer que com o advento do tempo pós-moderno, a sociedade tem vivenciado um período onde tanto as coisas, como as relações humanas, estão cada vez mais “líquidas e frágeis” (Z. Bauman).
Diante disso, qual seria o papel do jovem nos dias de hoje, no contexto de uma sociedade marcada e ferida pela horrenda criminalidade, pelos genocídios, pelas drogas, pela corrupção, etc. permeada pela histórica e aviltante desigualdade de oportunidades que impera em nosso País?
Podemos afirmar que a juventude de hoje está se configurando como herdeira das intempéries sociais e das suas incontáveis contradições. Há, contudo, gérmens de esperança: no coração da moçada lateja o agente revolucionário que pode sacar o ‘s’ da crise (crie), e convertê-la em fonte de inspiração e de oportunidade para realizar utopias e sonhos. A hora é agora!
Há de se considerar que ser “jovem” na atualidade é deveras penoso; poderíamos citar candentes questões: uma delas é a própria condição social, cultural e econômica nas quais nossos jovens estão inseridos, não olvidando o universo “smartphônico”, onde, muito particularmente, a maioria esmagadora da juventude está enfronhada. Hoje, milhões de pessoas estão mais focadas no universo da tela do celular, do que com o universo da tela real e gritante do mundo. Infelizmente, chegamos no tempo onde a tecnologia está perdendo a sua finalidade (comunicação para a verdade e para a paz), ou seja, aproxima quem está longe, mas distancia quem está perto. Estranho! Poucos são os que se interessam em tocar, cheirar, gargalhar, sentir; basta teclar, curtir, compartilhar e pronto. É a impessoalidade que se impõe.
É triste reconhecer, mas chegamos no tempo em que a juventude está sendo corrompida (ela não é simples vítima), no qual a felicidade consiste em “consumir” coisas que produzem prazeres aligeirados; o essencial que muitas das vezes é exigente e desafiador, causa aversão em muitos. Na verdade, tudo que é ligeiro e superficial é fácil, mas tudo que exige empenho, exercício do pensamento e da liberdade é mais profundo e complexo; porém, “sacia e satisfaz a alma”.
Para concluir, parece-me oportuno lembrar de Augusto Cury. Certa vez escreveu: "A juventude de todo o mundo está a perder a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Os desejos não resistem às dificuldades da vida, já os sonhos, são projetos de vida, sobrevivem ao caos". Quem tem ouvidos, ouça! (ou: quem tem olhos, veja!).
A12 03-09-2015.
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