A pessoa de fé autêntica sabe rever suas atitudes para não cometer injustiças com quem tem caráter.
Por Dom José Alberto Moura, CSS*
A presença e atuação de quem procura promover a justiça e o bem comum incomodam os que querem até usar da fé para se promoverem. Muitas vezes não é fácil para a pessoa de bem defender a verdade e o interesse dos mais carentes. Acontece também a dificuldade para os que galgam cargos nos vários setores sociais de permanecerem fiéis aos valores humanos e éticos, sem se deixarem corromper por outros, do mesmo ramo, que usam de sua posição para roubar, trapacear e prejudicar o bem da comunidade. As propinas são, muitas vezes, tentadoras e fazem muitos venderem a própria consciência e dignidade.
O livro da Sabedoria, da Bíblia, fala bem claro a respeito de quem persegue e quer derrubar a pessoa de bem: “Os ímpios dizem: ‘Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas’”(Sabedoria 2,12). Mas, como diz o ditado: “Quem ri por último ri melhor” e vai chegar a vez de todos serem julgados. A operação Lava-Jato mostra que é possível o julgamento já aqui na terra!
A inveja é, não raro, a arma de quem não é capaz de fazer o bem que a outra pessoa faz e leva o ser humano com essa atitude a querer destruir o outro. Ela se antepõe às virtudes da sabedoria, retidão moral, modéstia, conciliação, misericórdia, imparcialidade e pacificação (Cf. Tiago 3, 16-4,3). A pessoa de fé autêntica sabe rever suas atitudes para não cometer injustiças em relação a quem tem retidão de caráter e contribui com a promoção do semelhante, seja através de suas atitudes, seja através de empreendimentos. Não basta apresentar-se como pessoa religiosa, mas agir prejudicando os outros. A fé não pode ser usada como trampolim ou meio de avantajar-se sobre os outros e agir contrariamente à aparência de boa religiosidade.
O exemplo e o ensinamento de Jesus mostram a necessidade da humildade para a pessoa angariar a recompensa divina do que faz na terra: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Marcos 9,37). Ele mostra a atitude louvável de quem sabe acolher os mais frágeis e carentes. Acentua o valor de quem mais dá de si pelo serviço de amor ao semelhante. Por isso, a fé deve ser trampolim para se fazer o bem à sociedade. E até, como diz o Papa Francisco, à própria natureza criada por Deus! O planeta terra precisa ser cuidado em louvor ao Criador e para o benefício à própria criatura em sua realidade mineral, aérea, vegetal, animal e, especialmente, humana.
Um instrumento humano que deveria ser bem afinado e usado é a língua, para a comunicação do bem. Ele se estende, de modo geométrico, ao uso dos meios de comunicação. Dependendo do modo de seu uso, pode construir ou destruir. Muitos os usam comprando-os para apresentar seus interesses escusos e de prejuízo à coletividade. Por isso, quem tem fé autêntica os potencializa para a promoção da verdade, do bem, da promoção da vida e inclusão social. Assim esse uso se torna trampolim de promoção da justiça e da paz.
A presença e atuação de quem procura promover a justiça e o bem comum incomodam os que querem até usar da fé para se promoverem. Muitas vezes não é fácil para a pessoa de bem defender a verdade e o interesse dos mais carentes. Acontece também a dificuldade para os que galgam cargos nos vários setores sociais de permanecerem fiéis aos valores humanos e éticos, sem se deixarem corromper por outros, do mesmo ramo, que usam de sua posição para roubar, trapacear e prejudicar o bem da comunidade. As propinas são, muitas vezes, tentadoras e fazem muitos venderem a própria consciência e dignidade.
O livro da Sabedoria, da Bíblia, fala bem claro a respeito de quem persegue e quer derrubar a pessoa de bem: “Os ímpios dizem: ‘Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas’”(Sabedoria 2,12). Mas, como diz o ditado: “Quem ri por último ri melhor” e vai chegar a vez de todos serem julgados. A operação Lava-Jato mostra que é possível o julgamento já aqui na terra!
A inveja é, não raro, a arma de quem não é capaz de fazer o bem que a outra pessoa faz e leva o ser humano com essa atitude a querer destruir o outro. Ela se antepõe às virtudes da sabedoria, retidão moral, modéstia, conciliação, misericórdia, imparcialidade e pacificação (Cf. Tiago 3, 16-4,3). A pessoa de fé autêntica sabe rever suas atitudes para não cometer injustiças em relação a quem tem retidão de caráter e contribui com a promoção do semelhante, seja através de suas atitudes, seja através de empreendimentos. Não basta apresentar-se como pessoa religiosa, mas agir prejudicando os outros. A fé não pode ser usada como trampolim ou meio de avantajar-se sobre os outros e agir contrariamente à aparência de boa religiosidade.
O exemplo e o ensinamento de Jesus mostram a necessidade da humildade para a pessoa angariar a recompensa divina do que faz na terra: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Marcos 9,37). Ele mostra a atitude louvável de quem sabe acolher os mais frágeis e carentes. Acentua o valor de quem mais dá de si pelo serviço de amor ao semelhante. Por isso, a fé deve ser trampolim para se fazer o bem à sociedade. E até, como diz o Papa Francisco, à própria natureza criada por Deus! O planeta terra precisa ser cuidado em louvor ao Criador e para o benefício à própria criatura em sua realidade mineral, aérea, vegetal, animal e, especialmente, humana.
Um instrumento humano que deveria ser bem afinado e usado é a língua, para a comunicação do bem. Ele se estende, de modo geométrico, ao uso dos meios de comunicação. Dependendo do modo de seu uso, pode construir ou destruir. Muitos os usam comprando-os para apresentar seus interesses escusos e de prejuízo à coletividade. Por isso, quem tem fé autêntica os potencializa para a promoção da verdade, do bem, da promoção da vida e inclusão social. Assim esse uso se torna trampolim de promoção da justiça e da paz.
CNBB 16-09-2015.
*Dom José Alberto Moura, CSS é arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG).
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