domingo, 6 de setembro de 2015

Frente de defesa do governo exige fim do ajuste

Na avaliação de Falcão, reformas necessárias ao País, esbarram no Congresso Nacional.
Partidos da base presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional e entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgaram nesse sábado (05) em Belo Horizonte manifesto reafirmando o apoio ao Palácio do Planalto, mas também exigindo o fim do ajuste fiscal do governo federal. O documento, que tem quatro pontos, foi anunciado durante o lançamento da Frente Brasil Popular dentro da Conferência Nacional Popular em Defesa da Democracia e por uma Nova Política Econômica.
O primeiro ponto do manifesto fala sobre defesa dos trabalhadores. "Lutamos contra o ajuste fiscal e contra todas as medidas que retiram direitos, eliminam empregos, reduzem salários, elevam tarifas de serviços públicos, estimulam a terceirização, ao tempo em que protegem a minoria rica. Defendemos uma política econômica voltada para o desenvolvimento com distribuição de renda." Na abertura do encontro, os principais gritos dos cerca de 2 mil participantes, conforme a organização, eram de "Fora Levy" (o ministro da Fazenda, Joaquim Levy) e "Fora Cunha" (o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O segundo ponto fala sobre ampliação da democracia e participação popular nas decisões sobre o País. "Lutamos contra o golpismo - parlamentar, judiciário ou midiático - que ameaça a vontade expressa pelo povo nas urnas, as liberdades democráticas e o caráter laico do Estado."
O terceiro defende a promoção de "reformas estruturais, para construir um projeto nacional de desenvolvimento democrático e popular: reforma do Estado, reforma política, reforma do Poder Judiciário, reforma na segurança pública com desmilitarização das polícias, democratização de meios de comunicação e da cultura, reforma urbana, agrária, consolidação e universalização do Sistema Único de Saúde (SUS) reforma educacional e reforma tributária".
O quarto ponto fala sobre recursos energéticos e defesa da soberania nacional. "O povo é dono das riquezas naturais, que não podem ser entregues às transnacionais e seus sócios. Lutamos em defesa da soberania energética, a começar pelo pré-sal, a Lei da Partilha, a Petrobras, o desenvolvimento de ciência e tecnologia, engenharia e de uma política de industrialização nacional".
Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a reunião em Belo Horizonte teve dois objetivos: "Defender a democracia contra o golpe e promover mudanças para que tenhamos um modelo de desenvolvimento que garanta a distribuição de renda, sustentabilidade, geração de empregos, inclusão social, inflação sobre controle e defesa das riquezas nacionais, como a Petrobras."
Na avaliação de Falcão, reformas necessárias ao País, como a tributária, esbarram no Congresso Nacional, que, ainda conforme o presidente do PT, tem maioria conservadora. "Então é preciso pressão social, e a Frente Brasil Popular pode fazer essa pressão", afirmou. Falcão também afirma não ver problemas nas cobranças, como o fim do ajuste fiscal, feitas pelas entidade. Conforme o dirigente, sugestões de mudança na política econômica já foram feitas pelo próprio PT no último congresso da legenda, em Salvador.
Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário