Grupo promete coordenar sua política econômica e abster-se da desvalorização competitiva.
O G20 considerou insuficiente nesse sábado (05) o crescimento global, num contexto de preocupação com a desaceleração econômica na China, mas comprometeu-se a coordenar sua política monetária e cambial.
"O crescimento global está abaixo de nossas expectativas. Estamos empenhados em tomar medidas decisivas para garantir que o crescimento continua no bom caminho e estamos confiantes de que a recuperação econômica vai acelerar", afirma o documento, ao qual a AFP teve acesso.
"Nos comprometemos a adotar medidas decisivas para que o crescimento se mantenha encaminhado e confiamos que a reativação econômica se acelerá", afirma o documento.
Também se comprometeu a "abster-se de qualquer desvalorização competitiva" em resposta a temores de uma guerra cambial desencadeada pela recente desvalorização do iuane chinês.
"Reiteramos nosso compromisso de avançar para sistemas de câmbio determinados pelo mercado e a flexibilidade das taxas de câmbio", ressaltou o projeto de declaração final.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou a jornalistas que o crescimento global é "ainda muito moderado e desigual" e que o único índice "bastante alto é o de desemprego".
Os Estados Unidos, que insistem muito para que a expressão "desvalorização competitiva" apareça no texto final, também recebeu atenção do G20, embora com palavras veladas.
Fed sob vigilância
Os países do G20 se comprometeram a "avaliar e comunicar cuidadosamente suas iniciativas, sobretudo no contexto de decisões importantes de política monetária e outras, a fim de minimizar os efeitos secundários, reduzir as incertezas e promover a transparência".
A mensagem parece se dirigir ao Federal Reserve, o banco central dos EUA, que mantém os mercados e os países emergentes ansiosos pela data em que voltará a subir a taxa de juros, após anos de expansão monetária.
Muitos mercados emergentes enxergam com preocupação um possível aumento dos juros nos EUA, que levaria os investidores a colocar os capitais em mercados seguros na esperança de rendimentos maiores que os atuais.
O G20 pede aos governos e aos bancos centrais que evitem o uso exclusivo dos juros como incentivo do crescimento, aplicando também políticas fiscais capazes de estimular o dinamismo econômico e de criar empregos.
"Depender exclusivamente de instrumentos de política monetária não conduzirá a um crescimento equilibrado", adverte.
O Banco Central Europeu (BCE) voltou a assegurar na semana passada que não foi fixado qualquer limite para apoiar a economia europeia e, de forma geral, as políticas monetárias nunca foram tão generosas no mundo.
O rascunho da declaração final é o resultado de um equilíbrio sutil entre os otimistas -Estados Unidos e em menor medida a Europa- e os prudentes, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os países emergentes.
Os emergentes em crise
O anfitrião das reuniões do G20, Turquia, que o presidente Recep Tayyip Erdogan deseja transformar em uma das dez maiores economias mundiais antes de 2023, está em recessão assim como Brasil e Rússia.
A taxa de câmbio turca acaba de chegar a um novo mínimo em relação ao dólar, que vale agora três liras turcas.
O rascunho do documento promete dar um maior protagonismo aos países pobres nas decisões que buscam impedir que as multinacionais evadam impostos, prática conhecida como "otimização fiscal".
O G20 encarregou a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) de comandar essas negociações, mas várias ONG e ativistas como o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz criticaram que esse tipo de decisão fosse tomada por um grupo tão pequeno.
A organização também pretende impedir o financiamento ao terrorismo, facilitando, por exemplo, os procedimentos de congelamento de bens.
O G20, que representa cerca de 85% da economia mundial, convoca os países ricos a "ampliar seus esforços de financiamento" na luta contra a mudança climática, tendo em vista a conferência internacional que será realizada no final do ano em Paris.
A crise migratória enfrentada pela Europa também entrou na pauta de discussão das autoridades financeiras.
O vice-primeiro-ministro turco Cevdet Yilmaz adiantou que a questão fará parte da agenda da próxima cúpula de chefes de Estado e de governo do G20, em novembro em Antalya.
"O crescimento global está abaixo de nossas expectativas. Estamos empenhados em tomar medidas decisivas para garantir que o crescimento continua no bom caminho e estamos confiantes de que a recuperação econômica vai acelerar", afirma o documento, ao qual a AFP teve acesso.
"Nos comprometemos a adotar medidas decisivas para que o crescimento se mantenha encaminhado e confiamos que a reativação econômica se acelerá", afirma o documento.
Também se comprometeu a "abster-se de qualquer desvalorização competitiva" em resposta a temores de uma guerra cambial desencadeada pela recente desvalorização do iuane chinês.
"Reiteramos nosso compromisso de avançar para sistemas de câmbio determinados pelo mercado e a flexibilidade das taxas de câmbio", ressaltou o projeto de declaração final.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou a jornalistas que o crescimento global é "ainda muito moderado e desigual" e que o único índice "bastante alto é o de desemprego".
Os Estados Unidos, que insistem muito para que a expressão "desvalorização competitiva" apareça no texto final, também recebeu atenção do G20, embora com palavras veladas.
Fed sob vigilância
Os países do G20 se comprometeram a "avaliar e comunicar cuidadosamente suas iniciativas, sobretudo no contexto de decisões importantes de política monetária e outras, a fim de minimizar os efeitos secundários, reduzir as incertezas e promover a transparência".
A mensagem parece se dirigir ao Federal Reserve, o banco central dos EUA, que mantém os mercados e os países emergentes ansiosos pela data em que voltará a subir a taxa de juros, após anos de expansão monetária.
Muitos mercados emergentes enxergam com preocupação um possível aumento dos juros nos EUA, que levaria os investidores a colocar os capitais em mercados seguros na esperança de rendimentos maiores que os atuais.
O G20 pede aos governos e aos bancos centrais que evitem o uso exclusivo dos juros como incentivo do crescimento, aplicando também políticas fiscais capazes de estimular o dinamismo econômico e de criar empregos.
"Depender exclusivamente de instrumentos de política monetária não conduzirá a um crescimento equilibrado", adverte.
O Banco Central Europeu (BCE) voltou a assegurar na semana passada que não foi fixado qualquer limite para apoiar a economia europeia e, de forma geral, as políticas monetárias nunca foram tão generosas no mundo.
O rascunho da declaração final é o resultado de um equilíbrio sutil entre os otimistas -Estados Unidos e em menor medida a Europa- e os prudentes, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os países emergentes.
Os emergentes em crise
O anfitrião das reuniões do G20, Turquia, que o presidente Recep Tayyip Erdogan deseja transformar em uma das dez maiores economias mundiais antes de 2023, está em recessão assim como Brasil e Rússia.
A taxa de câmbio turca acaba de chegar a um novo mínimo em relação ao dólar, que vale agora três liras turcas.
O rascunho do documento promete dar um maior protagonismo aos países pobres nas decisões que buscam impedir que as multinacionais evadam impostos, prática conhecida como "otimização fiscal".
O G20 encarregou a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) de comandar essas negociações, mas várias ONG e ativistas como o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz criticaram que esse tipo de decisão fosse tomada por um grupo tão pequeno.
A organização também pretende impedir o financiamento ao terrorismo, facilitando, por exemplo, os procedimentos de congelamento de bens.
O G20, que representa cerca de 85% da economia mundial, convoca os países ricos a "ampliar seus esforços de financiamento" na luta contra a mudança climática, tendo em vista a conferência internacional que será realizada no final do ano em Paris.
A crise migratória enfrentada pela Europa também entrou na pauta de discussão das autoridades financeiras.
O vice-primeiro-ministro turco Cevdet Yilmaz adiantou que a questão fará parte da agenda da próxima cúpula de chefes de Estado e de governo do G20, em novembro em Antalya.
AFP
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