quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Holandesas devem investir no Brasil

Empresas estão de olho no potencial de crescimento promovido pela Shell no país.
Mesmo com a previsão da consultoria InterB que aponta para uma queda de 19% nos aportes em infraestrutura em 2015, novos investimentos e projetos de expansão no setor continuam sendo observados em território nacional. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, injetará mais R$ 1,5 bilhão do FGTS no fundo imobiliário que custeia a revitalização da zona portuária do Rio, um dos principais projetos urbanísticos na cidade. O depósito foi feito para compensar o ritmo de venda dos títulos imobiliários da região, que ficou abaixo da expectativa do banco, e permitirá que o cronograma de desembolso para as obras na região seja cumprido.

Na mesma esteira positiva, é importante ressaltar que empresas holandesas da cadeia de óleo e gás se preparam para investir no Brasil. De olho no potencial de crescimento promovido pela Shell no país, pelo menos cinco companhias de médio e grande porte com sede na Holanda têm se mostrado dispostas a estabelecer uma base operacional ou comercial ativa por aqui, conta o advogado Raphael Zaroni, um dos fundadores da Câmara de Comércio Brasil-Holanda do Rio de Janeiro. Em agosto, representantes dessas companhias teriam até mesmo vindo a Niterói para conhecer o estaleiro Brasa, da também holandesa SBM Offshore.

O risco político, por outro lado, foi apontado pelos holandeses como a principal preocupação que poderia travar tais investimentos no Brasil, afirma Zaroni. Aliadas à deterioração do cenário financeiro, à carga tributária elevada e à complexidade da burocracia, as incertezas políticas poderiam atrasar o interesse no país, diz ele.

Construção Civil

A construção civil sofreu, em Minas, uma queda de 8,5% na sua atividade ao longo dos últimos doze meses. O fenômeno contribuiu para que fossem fechadas 58 mil vagas no setor. Neste mesmo período, os preços de material da construção civil aumentaram em 3,4% – índice bem abaixo dos 9,53% da inflação registrada no país, com uma retração de 40% nas vendas, reflexo da baixa demanda dos construtores e também da insegurança dos consumidores para iniciarem uma reforma na casa ou apartamento, em um momento de retração na economia. Hoje, um pacote de cimento está custando em média 4,76% a menos do que custava no ano passado. Em alguns locais, a redução foi de 10%.

Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), por meio do Custo Unitário Básico (CUB/m2 – que acompanha o custo da construção). Segundo a entidade, há uma estabilidade nos preços. “Os aumentos podem ser justificados com a alta do dólar (R$ 4,10 – cotação de ontem) e também com fatores de sazonalidade. Mas analisando os índices, houve uma estagnação. Antes, os preços dos materiais acompanhavam a inflação e, agora, estão bem abaixo dela. Mas, também, tínhamos um aumento real na mão de obra e, hoje, não temos”, diz Daniel Furletti, coordenador sindical e economista do Sinduscon-MG.

Lixo

Trabalho inédito realizado pela International Solida Waste Association, em parceria com o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana e com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza, mostra que o tratamento de enfermidades relacionadas ao descarte inadequado do lixo pode gerar um prejuízo de US$ 370 milhões/ano aos cofres do sistema de saúde pública no país. Cerca de 75 milhões de brasileiros têm seus resíduos destinados a lixões ou outros locais impróprios. Os mais afetados pelo problema são os moradores de áreas próximas aos aterros, catadores de materiais recicláveis e trabalhadores de limpeza urbana.

O estudo analisou a produção de resíduos sólidos no Brasil entre 2010 e 2014 e concluiu que cerca de 1% da população desenvolve doenças.
Fonte: Ideia Fixa - Gestão de Informação

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