Testemunho dessa história são os numerosos santuários e paróquias, mas também escolas desse Estado que falam da presença de Deus no meio das comunidades, do esforço de sacerdotes, religiosos e leigos que trabalharam ao longo de séculos pelas necessidades espirituais dos pobres, imigrantes, doentes, presos…
Nesse contexto o Papa recordou a figura de Santa Catarina Drexel, uma das grandes santas saídas dessa Igreja local. Quando ela falou ao Papa Leão XIII da necessidade das missões, o Papa respondeu-lhe: “E tu, que farás?”.
E foi com base nesse “Tu, que farás” que o Papa Francisco prosseguiu a sua reflexão, mostrando que, antes de mais, nos interpela sobre o que cada um de nós é chamado a fazer. Tal como Catarina, quantos jovens hoje nas nossas paróquias e escolas têm ideais elevados, generosidade de espírito e amor a Cristo e à Igreja! – exclamou Francisco, perguntado:
“Somos capazes de os guiar e ajudar a fazer a sua parte? A encontrar caminhos para poderem partilhar o seu entusiasmo e os seus dons com as nossas comunidades, sobretudo nas obras de misericórdia e de compromisso a favor dos outros? Partilhamos a própria alegria que temos em servir Deus?”.
Perguntas que espelham um dos grandes desafios que a Igreja tem hoje pela frente: promover - disse o Papa - em todos os fieis o sentido de responsabilidade pessoal por forma a serem fermento do Evangelho no nosso mundo.
E é significativo que a pergunta “E tu que farás?”, Leão XIII a tenha dirigido a uma mulher, leiga. Dois factores que levaram o Papa Francisco a sublinhar que os tempos de hoje, em rápida mudança, exigem “um compromisso cada vez mais activo por parte dos leigos”, na Igreja.
É certo que a Igreja nos Estados Unidos tem dado muita atenção à catequese e à educação, mas permanece de pé o desafio de construir alicerces sólidos e promover um sentido de colaboração e responsabilidade compartilhada quando se programa o futuro das paróquias e instituições. E sem transcurar a autoridade espiritual, há que valorizar todos os dons que o Espírito concede à Igreja – insistiu Francisco, dizendo que, de modo particular, isto “significa valorizar a contribuição imensa que as mulheres, leigas e consagradas, deram e continuam a dar à vida das nossas comunidades”.
O Papa agradeceu e encorajou todos a deixarem-se renovar pela alegria do primeiro encontro com Jesus e a tirar dessa alegria “renovada fidelidade e vigor”. E referindo-se ao Encontro Mundial da Família, pediu a todos para reflectirem sobre a qualidade do ministério com as famílias, pedindo também orações para elas.
(DA)
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