Roma, 27 out (La Repubblica/SIR) – “A verdade é que aqueles 2/3 que votaram ‘sim’ nos parágrafos dedicados na "relatio finalis" dó Sínodo em relação à comunhão dos divorciados recasados representam um apoio importante para Francisco, para ele continuar avançando. São um ponto de partida para continuar suas reforma da Igreja”.
É o que afirmou ao jornal romano La Repubblica não é uma pessoa qualquer, mas o cardeal Cláudio Hummes, 81 anos, franciscano, arcebispo emérito de São Paulo, aquele que estava ao lado de Bergoglio no último Conclave.
Eminência, Bergoglio está sendo fiel ao nome e ao compromisso que escolheu?
“Absolutamente sim. É um Papa amigo dos pobres, da paz e que trabalha pelo cuidado da criação. Fez tudo e continua a fazer tudo para ir adiante nestas três instâncias, deixando que São Francisco o oriente. É realmente o pastor dos pobres e fico feliz em tê-lo inspirado na escolha do nome”.
Como o senhor viu o caminho que iniciou a Igreja com este Sínodo?
“Um caminho de comunhão e de coragem. Não houve nenhum compromisso, mas um geral apoio a um itinerário de abertura”.
Porém 1/3 dos padres sinodais votou “não” nos parágrafos relacionados com os divorciados recasados.
“Prefiro sublinhar os 2/3 que votaram ‘sim’. É um bonito resultado. É normal que no ponto tão delicado haja quem não está de acordo, mas é preciso reconhecer que aqueles 2/3 representam para Francisco um bonito incentivo. ‘Continua, vai adiante’ é como s tivessem lhe dito”.
O Sínodo parecia dividido entre os que olhavam o mundo com desconfiança, e aqueles que o olhavam sem medo. É assim?
“Eu não participei do Sínodo e, portanto, não posso dar um julgamento preciso. Porém, parece-me claro que hoje a Igreja sai menos medrosa. Esta consciente que o Evangelho deve ser levado sem medo dentro do mundo e seus desafios. Isto, me parece, que os padres sinodais entenderam. E por causa disso eu tenho muita confiança e muita esperança no futuro de toda a Igreja”.
Sítio Croire 18-09-2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário