sábado, 3 de outubro de 2015

Equipes reiniciam trabalho de resgate em deslizamento na Guatemala

Autoridades afirmam que há ao menos 59 mortos e até 600 desaparecidos.
Chuva forte causou deslizamento e soterrou casas.

Do G1, com informações de agências internacionais

As equipes de socorros, militares e voluntários recuperaram, até este sábado (3), 59 corpos nos escombros de uma avalanche que assolou um bairro no leste da Guatemala. O trabalho de resgate de pessoas soterradas pelo deslizamento de terras continua. Estima-se que, até o momento, cerca de 350 indivíduos estejam desaparecidos.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu. "Nós estamos seguindo os procedimentos internacionais que indicam que se faça a busca durante as primeiras 72 horas. Depois desse tempo, há menos possibilidades", disse à Reuters o porta-voz da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), David De León.
Em entrevista à agência France Presse, José Hernández, membro dos Bombeiros Municipais, afirmou: "Estamos removendo os escombros para ter acesso às moradias que ficaram debaixo da terra." Segundo ele, cerca de 125 casas se encontram soterradas.
Os amigos e familiares das vítimas começaram o doloroso processo de identificação dos corpos no necrotério improvisado a uns 400 metros do local da tragédia.

O comandande Sergio Cabaña, chefe da Defesa Civil local, informou que cerca de 3 mil pessoas foram afetadas em consequência do deslizamento de terra devido às fortes chuvas que afetaram nos últimos dias o país da América Central.
Mulher chora durante buscas de equipe de resgates após deslizamento em Santa Catarina Pinula, nos arredores da Cidade de Guatemala (Foto: Moises Castillo/AP)Mulher chora durante buscas de equipe de resgates após deslizamento em Santa Catarina Pinula, nos arredores da Cidade de Guatemala (Foto: Moises Castillo/AP)
Segundo Sergio Cabañas, comandante de incidentes da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), o número de vítimas do deslizamento de quinta à noite no município de Santa Catarina Pinula, 15 km ao leste da Cidade da Guatemala, deve aumentar, já que há ao menos 600 pessoas desaparecidas na localidade El Cambray II.
O deslizamento surpreendeu a todos durante a noite nesta zona declarada de alto risco por estar próxima a um morro e a um rio.
De acordo com autoridades da Conred, em várias ocasiões, recomendou-se transferir as famílias para um outro local pelo risco de desmoronamentos. Um dos últimos relatórios, emitido pela entidade em novembro passado, afirmou que deveriam ser aplicadas medidas para prevenir algum desastre "de maneira imediata".
Após a tragédia em Santa Catarina Pinula, meios de comunicação, instituições públicas e grupos por meio de redes sociais começaram a arrecadar água, alimentos e cobertores para os desabrigados.
A embaixada dos Estados Unidos na Guatemala emitiu um comunicado para expressar "suas mais profundas condolências" às famílias das vítimas. Diplomatas de Cuba colocaram à disposição das autoridades guatemaltecas cerca de 500 membros da missão médica mobilizada no país.
A temporada de chuvas que começou em maio e se prolonga até novembro já havia deixado oito pessoas mortas antes da tragédia em Santa Catarina Pinula, segundo dados oficiais.
Em 2014, a temporada chuvosa causou 29 mortos, dois desaparecidos, 25 feridos, 655.201 afetados e 9.061 casas com danos, detalharam as autoridades da Defesa Civil.
Equipes de resgate fazem busca por sobreviventes após um deslizamento de terra em Cambray, um bairro no subúrbio de Santa Catarina Pinula, a leste da Cidade da Guatemala. Uma colina desabou após fortes chuvas, enterrando várias casas  (Foto:  Moises Castillo/AP)Equipes de resgate fazem busca por sobreviventes após um deslizamento de terra em Cambray, um bairro no subúrbio de Santa Catarina Pinula, a leste da Cidade da Guatemala. Uma colina desabou após fortes chuvas, enterrando várias casas (Foto: Moises Castillo/AP)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário