9 DE OUTUBRO DE 2015
Para que, com espírito missionário, as comunidades cristãs do continente asiático anunciem o Evangelho a todos aqueles que ainda não o conhecem.
Por Joseph Onyango Oiye
Fonte: Álvaro Pacheco
O projeto Ad Gentes é um convite a fortalecer o nosso espírito missionário. A Ásia em geral é reconhecida, como uma área onde as reli-giões desempenham um papel importante na vida do povo. É também o berço de muitas outras tradições espirituais com diferentes graus de ritual estruturado e ensinos formais. Recentemente, o continente tem sido redescoberto como a nova fronteira da Igreja.
Na Ásia, os católicos são mais de 130 milhões, estando o seu número em crescimento, em face de anos anteriores e há cada vez mais padres a serem ordenados, ao contrário do que se verificam em outros continentes.
Neste continente se percebe um espírito religioso profundo, demonstrado pelo fato que foi o berço das maiores religiões mundiais: ju-daísmo, hinduísmo, budismo, confucionismo, xintoísmo, islamismo etc.
Atualmente, o grande desafio da vida missionária na Ásia é o fato de cada religião tentar elaborar seu conteúdo por si. E os nossos missionários e fiéis estão fora disso? Não! A Igreja também se encontra nesse desafio, dando foco mais para cuidar de suas estruturas já estabelecidas do que propriamente da missão Ad Gentes. Encontram-se também certas perseguições por parte dos fundamentalistas destruindo as igrejas e escolas cristãs. Através da Igreja, percebe-se os trabalhos nas periferias como a opção pelos pobres, trabalhos com educação, higiene, justiça e paz, e diálogo inter-religioso.
Igreja a serviço
É evidente que os asiáticos respeitam e estimam a Igreja pelo serviço generoso que ela presta em escolas, hospitais, orfanatos, com portadores de deficiência e idosos, centros para marginalizados, projetos de desenvolvimento etc.
É através dessa atitude que o papa convida os cristãos asiáticos à Missão Ad Gentes. Que tal levar aos continentes essa riqueza de religiosidade e apoio material exibida pelos asiáticos e partilhar as alegrias e as esperanças, as tristezas e ansiedades com todo mundo?
Essa intenção é uma oportunidade excelente para conduzir a Igreja na Ásia a uma maior compreensão e partilha com as culturas e religiões em outros continentes. É assumindo os aspectos positivos das tradições asiáticas que a Igreja crescerá, até tornar-se parte integrante da vida e identidade do povo em todo o mundo.
* Joseph Onyango Oiye, imc, é seminarista queniano em Brasília, DF.
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