Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (03/10), o Papa Francisco recebeu em audiência os membros da Fundação Banco Alimentar.
A Fundação nasceu 25 anos atrás por iniciativa do empresário italiano Danilo Fossati, com o apoio do sacerdote Luigi Giussani. A finalidade do Banco Alimentar é combater o desperdício de alimento, recuperá-lo e distribui-lo às famílias em dificuldade e às pessoas indigentes.
Escândalo
A audiência, portanto, foi a ocasião para Francisco voltar a definir como “escandalosa” a fome que ainda hoje ameaça a vida e a dignidade de tantas pessoas.
“Hoje devemos nos confrontar com esta injustiça e, permito-me dizer, com este pecado: num mundo rico de recursos alimentares, demasiados são aqueles que não têm o necessário para sobreviver; e isto não somente nos países pobres, mas sempre mais também nas sociedades ricas e desenvolvidas.”
Para Francisco, a situação é agravada pelo aumento dos fluxos migratórios, que levam à Europa milhares de refugiados, que fogem de seus países e necessitados de tudo.
Educar à humanidade
Diante deste problema, acrescentou o Papa, Jesus não fez discursos, mas agiu, realizando milagres. Nós não podemos fazer o mesmo, disse ele, mas podemos “educar-nos à humanidade” para abater os muros do individualismo e do egoísmo, sem permanecer indiferentes ao clamor dos pores.
“Compartilhar o que temos com aqueles que não têm os meios para satisfazer uma necessidade tão primária nos educa à caridade”, afirmou Francisco, encorajando a Fundação a prosseguir a sua obra, mesmo que pareça “uma gota no mar”. Com a mobilização de outras pessoas, acrescentou, este trabalho aumenta o rio que alimenta a esperança de milhões de pessoas.
Por fim, o Pontífice pediu que os membros do Banco Alimentar tratem as pessoas não como números, mas como amigos.
“Assim, saberão olhá-los nos olhos, apertar sua mãos, descobrir neles a carne de Cristo e a ajuda-los a reconquistar sua dignidade e recoloca-los em pé.”
(BF)
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