Agência Ecclesia 21 de Outubro de 2015, às 17:27 Guilhermina Rego e Jorge Líbano Monteiro (Filipa Brito/CMPorto)
Associação Cristã de Empresários e Gestores está a incentivar empresas a politicas que conciliem família e trabalho
Porto, 21 out 2015 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) disse que a adesão da Câmara Municipal do Porto ao ‘Compromisso Pagamento Pontual’, firmada hoje, reforça o trabalho que têm desenvolvido e a “importância de pagar a horas”.
“Esta adesão é mais um reforço para a importância de pagar a horas. A Câmara Municipal do Porto é uma das edilidades com melhor prazo de pagamento em Portugal e fazia todo o sentido pela sua história e prática diária de pagamentos aderir a este compromisso”, disse Jorge Líbano Monteiro.
A cerimónia foi presidida pela vice-presidente da autarquia, Guilhermina Rego, e realizou-se Paços do Concelho do Porto.
À Agência ECCLESIA, o secretário-geral da ACEGE destacou que a Câmara Municipal do Porto “paga a quatro dias, o que é um número extraordinário” e conta que foram ainda escolhidas “mais 10 empresas” que se juntaram às “568 empresas” que já aderiram.
Para o responsável este número global é “bastante relevante e interessante” mas revela o objetivo de conseguir “envolver, numa primeira fase, 1000 empresas”.
“Cada empresa mobiliza outras e pode-se gerar um efeito de boa de neve de pessoas que cumprem os seus pagamentos e levam outras a cumprir e a aderir a esta rede”, observou.
Com o projeto ‘Compromisso Pagamento Pontual’, os empresários e gestores católicos pretendem encontrar um amplo conjunto de empresas, autarquias e organizações que “assumam de forma voluntária” o acordo de pagar a horas criando um “círculo virtuoso de pagamentos” que vai “combater a generalidade” com que normalmente são feitos em Portugal e “afetam fortemente a economia”.
Segundo Jorge Líbano Monteiro a adesão a este compromisso é “muito grande” porque as pessoas “sentem na pele” o impacto negativo que não ser pontual nos pagamentos e no “esforço que é preciso fazer para que a empresa funcione”.
“Sentimos que muitas empresas querem aderir mas não têm possibilidade porque não têm uma tesouraria suficientemente forte para publicamente afirmar que pagam a horas”, desenvolveu o secretário-geral.
Depois, passado um ano de adesão ao compromisso de pagamento pontual, a ACEGE a partir das contas anuais das empresas, “que são públicas”, analisa os “prazos de pagamento” e se se mantiverem “dentro do compromisso” não saem desta lista.
“As empresas aderentes têm de ser reavaliadas, interessa perceber se estão a cumprir todos os anos e garantir que realmente pagam a horas porque o objetivo é ter empresas que pagam e não o compromisso de empresas que dizem que pagam”, esclarece o entrevistado.
Para além deste projeto, a Associação Cristã de Empresários e Gestores também tem como tema principal de ação a “conciliação família e trabalho” e vai promover um ciclo de conferências e debates com o “contributo e testemunhos” de especialistas sobre este tema.
Jorge Líbano Monteiro adianta que têm também uma proposta de certificação destas empresas como familiarmente responsáveis, atribuída pela Fundação Mais Família (Espanha) à qual aderiram este ano, que pretende garantir que cada empresa tem um “conjunto de políticas amigas da família, que ajudam a conciliar a realidade pessoa com profissional”.
O secretário-geral da ACEGE desta a importante destas políticas de trabalho para as empresas porque os seus colaboradores “ficam mais motivados e são capazes de dar uma maior contribuição”.
Neste momento já têm 10 empresas aderentes mas a Associação Cristã de Empresários e Gestores gostava de terminar o ano com 20 empresas.
CB/PR
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