segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Saiba como identificar uma gravidez de risco

A mulher deve estar informada sobre os principais sinais e sintomas de cada fase.
Enjôos, dores de cabeça e indigestão são considerados sintomas normais durante a gestação, principalmente no início. Entretanto a mulher deve estar informada sobre os principais sinais e sintomas de cada fase da gestação. Melhor informada, a gestante fica mais tranquila e mais atenta a sintomas que pode sugerir algum problema. As consultas pré-natais são o lugar ideal para informação, prevenção e controle de doenças que, por ventura, apareçam neste período. A maioria das complicações durante a gravidez, parto e puerpério são previsíveis bastando a gestande apenas seguir as rotinas pré-natais.
A gestação é um fenômeno fisiológico com repercussões em praticamente todos os ósgãos e sistemas materno. Desta forma, na maioria das vezes, evolui sem complicações. Uma parcela das grávidas por serem portadoras de doenças (conhecidas ou não) ou podem desenvolver patologias específicas da gravidez. Estas têm maior probabilidade de complicações no ciclo gravídico-puerperal e fazem parte do grupo chamado “gestação de alto risco”.
De acordo com o médico José Renato Sampaio Tosello, ex-presidente da Regional de Presidente Prudente, Marília e Bauru da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), a saúde da mãe e do bebê, desde que receba acompanhamento médico adequado, podem ser preservadas, evitando complicações. Sintomas como: sangramento vaginal, dor ao urinar, febre (temperatura maior que 38 graus), falta de ar, diminuição dos movimentos do bebê, parada do crescimento da abdômen e cólicas abdominais (contrações) devem ser comunicadas ao médico.
As gestantes e as que estão amamentando também devem ser orientadas a não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas. Não existem níveis aceitáveis de ingestão de bebida alcoólica e fumo, ou seja, quantidades mínimas podem ter efeitos prejudiciais principalmente para o bebê.
Antes de engravidar
Mulheres com menos de 15 ou mais de 35 anos, obesas ou com doenças crônicas descompensadas apresentam maiores chances de desenvolver uma gravidez de alto risco.
Estresse e a dependência de drogas – incluindo o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas – também podem comprometer. O histórico ginecológico deve ser considerado, como abortos anteriores, bebês prematuros ou cirurgias no útero requerem atenção.
Tosello ressalta a importância de estar em dia com as vacinas antes da gestação. “A vacina da rubéola, por exemplo, não pode ser aplicada durante a gravidez”, recomenda. É importante, ainda, realizar todos os exames padrão para detectar infecções como sífilis, HIV, Hepatites, toxoplasmose e rubéola, apenas para citar algumas.
“Uma relação de confiança entre a mulher e seu médico é fundamental. É essencial que ele sempre explique o motivo de cada orientação. O sucesso do pré-natal depende de uma boa relação médico-paciente”, orienta.
Principais cuidados
É indispensável uma alimentação saudável e balanceada com a ingestão de líquidos, frutas, legumes, verduras e, se possível, fazer o acompanhamento com um nutricionista. Deve ser realizado um contole da ingestão de calorias para que a gestante ganhe, em média, 1 kg por mês e engorede entre nove e 12 kg durante toda a gravidez. A prática de atividade física leve como caminhadas, hidroginástica e alongamentos durante o período gestacional deve ser encorajada. Exercícios físicos mais intensos ou com maior impacto devem ser orientados pelo médico, pois a realização de exercícios inadequados, ou até mesmo o excesso deles, pode prejudicar a gestação.
Segundo José Renato, para as mulheres portadoras de patologias crônicas como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardíacas, é importante que tenham a doença controlada antes mesmo de engravidar e, além disso, mantenham o acompanhamento com o especialista. “Esta paciente exige uma conduta diferente daquela que aplicamos rotineiramente”, comenta.
Nenhum sintoma deve ser ignorado durante a gravidez. O médico deve avaliar se um acompanhamento mais rigoroso com maior número de consultas será necessário, individualizando cada caso.  Dessa forma, aumentam as chances de uma gestação tranquila e de termos um bebê saudável. 
Acontece Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário