Agência Ecclesia 20 de Outubro de 2015
RV/OR
Trabalhos procuram abrir «novos caminhos» para a ação da Igreja, sublinha D. Antonino Dias
Cidade do Vaticano, 20 out 2015 (Ecclesia) - O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família da Igreja Católica em Portugal, D. Antonino Dias, rejeitou as críticas de quem vê nos trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a família, no Vaticano, uma cedência em questões doutrinais.
“A Igreja não se pode deixar condicionar por modelos errados de pensamento e ação ou por sentimentos de falsa compaixão, ferindo a verdade e a justiça. Não pode aplaudir quem queira promover os pecados e os vícios a direitos humanos. Não pode prometer o que não pode dar”, escreve o bispo de Portalegre-Castelo Branco, num texto divulgado através da página da diocese na internet.
Para o prelado, um dos dois delegados da Conferência Episcopal Portuguesa na 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, os bispos são chamados “com humildade e espírito de serviço colegial” a partilhar com o Papa o que pensam “sobre os desafios, a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo, tendo também em conta o que as Igrejas particulares disseram”.
“Tudo é, sem dúvida, de uma riqueza e diversidade extraordinárias, riqueza partilhada em espírito de grande colaboração, sem levantar muros mas rasgando horizontes e procurando abrir novos caminhos de ação pastoral”, revela.
Segundo o bispo de Portalegre-Castelo Branco, as diferenças culturais e de sensibilidade são “mais convergentes e complementares do que discordantes ou contrapostas”.
“Tudo quanto se partilhou e irá partilhar nestes dias que faltam para o final do Sínodo, será apresentado ao Santo Padre para que ele tome as medidas que lhe aprouver e fale a toda a Igreja com conhecimento do que a mesma Igreja, espalhada por todo o mundo, pensa, vive e, na prática, faz”, acrescenta.
O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família realça a “complexidade” do tema debatido no Sínodo, face às “dificuldades culturais e sociais que a família enfrenta”.
Os participantes estão hoje “muito mais conscientes estamos do valor e importância da família, constituída por um homem e uma mulher e aberta aos filhos, para o progresso e humanização da sociedade”, prossegue.
Os trabalhos dos chamados círculos menores chegaram hoje ao fim e esta tarde vão ser apresentados os relatórios dos 13 grupos, com propostas para a redação do relatório final, cuja votação está marcada para a tarde de sábado, penúltimo dia do Sínodo de 2015.
OC
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