sexta-feira, 20 de novembro de 2015

170 reféns em hotel no Mali, na África

Segundo fontes de segurança, organização jihadista articulou ataque.

Duas pessoas fazem reféns 140 hóspedes e 30 empregados do Hotel Radisson Blu, em Bamako, no Mali, informou a cadeia de hotéis, em comunicado.
“O grupo Rezidor, que administra o Hotel Radisson em Bamako, está ciente da tomada de reféns que está ocorrendo. Duas pessoas fazem reféns 140 clientes e 30 empregados”, acrescenta a nota.
Um tiroteio agora de manhã no hotel, no centro da capital, supostamente feito por jihadistas, levou à definição de um perímetro de segurança no local, informou um jornalista da France Press que se encontra no local.
De acordo com o testemunho, o fogo disparado por armas automáticas foi ouvido fora do hotel, mas ainda não há relatos sobre vítimas. Tudo aconteceu no sétimo andar do prédio.
"As nossas equipes de segurança estão em contato constante com as autoridades locais, a fim de prestar toda a ajuda possível para estabelecer a segurança no hotel. Neste momento, não temos mais informações e continuamos a acompanhar a situação de perto”, acrescentou o grupo hoteleiro no comunicado.
Segundo uma fonte da segurança malaia, os assaltantes chegaram ao hotel em uma viatura com matrícula do corpo diplomático.
No dia 7 de março deste ano, um atentado contra um bar-restaurante em Bamako fez cinco mortos, entre eles um cidadão belga e um francês. Foi o primeiro ataque desse tipo registrado na capital do Mali.
Em agosto passado, ocorreu outra tomada de reféns, de mais de 24 horas, em um hotel da cidade, que provocou a morte de quatro soldados e cinco funcionários da Organização das Nações Unidas, bem como de quatro assaltantes.
Os grupos islâmicos têm feito ataques no Mali desde junho, apesar de um acordo de paz entre os rebeldes tuaregues, no Norte do país, e grupos armados rivais pró-governo.
O Norte do Mali esteve, entre março e abril de 2012, sob controlo de grupos jihadistas ligados à Al Qaeda, na sequência de um golpe militar.
Os grupos foram dispersados e perseguidos após uma intervenção militar internacional lançada em janeiro, por iniciativa da França, cujas forças militares se mantêm ainda no país.
No entanto, há várias regiões que escapam ao controle das forças militares malaias e estrangeiras.
Há muito concentrados no Norte do país, os ataques jihadistas estenderam-se, desde o início do ano, para o Centro e, desde junho, para o Sul do território.
Agência Brasil

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