Aeronave com 224 pessoas a bordo caiu no Sinai; todos morreram.
Estado Islâmico reivindicou queda; autoridades rejeitam declaração.
Um avião da companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, caiu no último sábado (31) na região do Sinai egípcio, matando as 224 pessoas a bordo.
Veja o que se sabe sobre a tragédia.
O voo
O voo KGL 9268 saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia, quando caiu na madrugada de sábado.
O voo KGL 9268 saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia, quando caiu na madrugada de sábado.
Ele transportava 217 passageiros (214 russos e três ucranianos) e sete tripulantes. Entre os passageiros estavam 25 crianças.
A queda
O Airbus A321 perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka. Ele caiu em uma região montanhosa.
O Airbus A321 perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka. Ele caiu em uma região montanhosa.
Segundo especialistas russos, o avião se despedaçou no ar, e seus fragmentos se espalharam por uma área de 20 quilômetros quadrados.
Resgate
Cerca de 150 corpos foram encontrados em um raio de 5 km. Alguns passageiros foram encontrados ainda presos a suas poltronas.
Cerca de 150 corpos foram encontrados em um raio de 5 km. Alguns passageiros foram encontrados ainda presos a suas poltronas.
O governo russo encaminhou os corpos de 144 vítimas para São Petersburgo, onde eles passarão por procedimentos para sua identificação.
As caixas-pretas foram encontradas e sua análise já começou.
Motivos
O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a queda do avião, afirmando ter abatido a aeronave e indicando que agiu em retaliação à intervenção militar da Rússia na Síria.
O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a queda do avião, afirmando ter abatido a aeronave e indicando que agiu em retaliação à intervenção militar da Rússia na Síria.
Os governos russo e egípcio rejeitaram a declaração, disseram que as informações não são exatas e pediram que todos esperem os resultados da investigação antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.
O chefe da inteligência americana, James Clapter, afirmou que não há por ora sinais de que houve um ato terrorista - e disse que que é improvável que o Estado Islâmico conte com os meios necessários para derrubar um avião comercial em pleno voo.
A Metrojet excluiu a possibilidade de falha técnica ou erro de pilotagem, e disse que só apenas uma ação externa é vista como causa possível para a queda.
Segundo a companhia, a tripulação perdeu o controle total da aeronave e não tentou entrar em contato com controladores aéreos.
A empresa também disse que o avião havia passado por inspeção de rotina antes do voo, e estava em “excelente estado técnico”.
A região
O deserto do Sinai, onde ocorreu a queda do avião, é uma vasta península da região leste do Egito, alvo frequente de ações armadas e atentados cometidos pelo braço local dos jihadistas do Estado Islâmico.
O deserto do Sinai, onde ocorreu a queda do avião, é uma vasta península da região leste do Egito, alvo frequente de ações armadas e atentados cometidos pelo braço local dos jihadistas do Estado Islâmico.
O grupo terrorista também tem ação constante no Iraque e na Síria – esta última em guerra civil há mais de 4 anos, um conflito com mais de 250 mil mortos.
A Rússia decidiu agir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos "terroristas" que se opõem ao poder. Sua ação militar na região começou no dia 30 de setembro.
A medida alterou o equilíbrio de forças na Síria – já que os Estados Unidos, que também combatem o Estado Islâmico, apoiam e dão suporte militar aos rebeldes sírios, que são contrários a Assad.
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