segunda-feira, 23 de novembro de 2015

França oferece ajuda contra terror nos Jogos do Rio

Ministro francês colocou-se à disposição para informar os resultados das ações no país.
Por Gustavo Moniz*

O ministro de Assuntos Exteriores e do Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, ofereceu apoio ao Brasil contra possíveis ataques terroristas na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Em entrevista coletiva após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no domingo, Fabius colocou-se à disposição para informar os resultados das ações que estão sendo tomadas na França e ajudar com o serviço de inteligência nos Jogos do Rio.
“O que aconteceu em Paris infelizmente poderia acontecer em vários países do mundo, uma vez que [os grupos terroristas] estão organizados internacionalmente. Disse à Dilma Rousseff que estamos à sua disposição.” Segundo a Agência Brasil, o ministro Mauro Vieira falou que “a ajuda será muito bem-vinda” e destacou a experiência da França em sediar grandes eventos esportivos, já que o país organizou a Copa do Mundo de 1998 e Jogos Olímpicos de Inverno em 1924, 1968 e 1992.
Depois de passar por Índia e África do Sul, Fabius veio ao Brasil para tratar da 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro, e contará com representantes de 195 países. O objetivo do COP 21 é a organização de um novo acordo entre os países para controlar a emissão de gases, diminuir o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global. A intenção é limitar o aquecimento da temperatura em até 2 graus Celsius até 2100.
A segurança das delegações no COP 21 será reforçada e o evento está confirmado mesmo após os ataques em Paris em 13 de novembro, que deixaram 130 mortos. Na semana passada, o terrorista Abdelhamid Abaaoud, considerado o mentor dos atentados, foi morto durante operação no bairro parisiense de Saint-Denis. O ministro francês falou que a decisão de manter o evento foi “indispensável, porque era incompreensível cedermos frente ao terrorismo.”
O mesmo discurso foi utilizado para garantir o amistoso entre Inglaterra e França, em 17 de novembro, na cidade de Londres, apenas quatro dias após os ataques. Por precaução, os jogos Bélgica x Espanha, que seria realizado em um reduto jihadista, e Alemanha x Holanda foram cancelados. A segurança das partidas de futebol foi reforçada em toda a Europa após os ataques. O clássico entre Real Madrid e Barcelona, no sábado, contou com o maior esquema de segurança já organizado para um evento esportivo.
*Gustavo Moniz escreve para o El País

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