Ministro participou de teleconferência com investidores.
Barbosa disse também que fará o que for para cumprir meta de superávit.
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reafirmou nesta segunda-feira (21), durante teleconferência com investidores nacionais e estrangeiros, que o governo brasileiro vai propor "definir uma idade mínima para a aposentadoria" e ajustá-la de acordo com a evolução demográfica da população brasileira.
Barbosa também declarou que o governo vai “fazer o que for necessário” para atingir a meta de superávit (economia para pagamento de juros da dívida). A meta fixada para 2016 é de 0,5% do PIB, cerca de R$ 24 bilhões. Depois da teleconferência do novo ministro, o dólar disparou e ultrapassou os R$ 4.
Nelson Barbosa toma posse do novo cargo nesta tarde, em Brasília.
Na sexta-feira (18), quando foi indicado para substituit o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa afirmou, em discurso no Palácio do Planalto, que o maior desafio da economia brasileira é o fiscal (as contas do governo).
"Hoje nosso maior desafio é o desafio fiscal, cuja solução depende somente do governo brasileiro", disse o ministro, em sua primeira fala depois de ser anunciado no cargo. "Somente com a estabilidade fiscal vamos ter um crescimento sustentável", afirmou na ocasião.
Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda disse aos investidores que o governo continua num esforço para controlar os gastos públicos e que insistirá, no ano que vem, em propostas de reformas, entre elas a da Previdência.
Para Barbosa, essa é a principal reforma a ser executada para reduzir os gastos do governo.
Investimentos
O ministro informou que a meda do governo, para o ano que vem, é estabilizar os investimentos públicos em relação a 2015. E que, num segundo momento, passará a elevar esses gastos, para incentivar a retomada do crescimento da economia de maneira mais acelerada.
Disse ainda que o governo vai adotar medias para criar as condições que levarão ao aumento do interesse estrangeiro no Brasil, entre elas mudanças em regulação e “adequação” do retorno aos investidores ao risco de investir aqui.
Investimentos
O ministro informou que a meda do governo, para o ano que vem, é estabilizar os investimentos públicos em relação a 2015. E que, num segundo momento, passará a elevar esses gastos, para incentivar a retomada do crescimento da economia de maneira mais acelerada.
Disse ainda que o governo vai adotar medias para criar as condições que levarão ao aumento do interesse estrangeiro no Brasil, entre elas mudanças em regulação e “adequação” do retorno aos investidores ao risco de investir aqui.
Confiança dos investidores
Questionado sobre o que o governo fará para ganhar a confiança dos investidores no atual cenário, Barbosa respondeu que isso está ligado à realidade macroeconômica e às oportunidades de negócio. E citou que o governo brasileiro pretende fazer, no primeiro semestre de 2016, leilão de vários projetos de infraestrutura.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch, rebaixou a nota de crédito do Brasil, para grau especulativo. Foi a segunda agência do tipo a anunciar essa medida desde setembro.
Sobre as condições políticas do governo para aprovar as medidas do ajuste fiscal e para atrair os investimentos, Barbosa afirmou que o governo tem enfrentado dificuldades, mas tem todas as ferramentas para conseguir as aprovações no Congresso.
Pedaladas e reservas
Perguntado sobre o cronograma para pagamento da dívida com bancos públicos brasileiros por conta das chamadas “pedaladas fiscais”, Barbosa respondeu que o governo está no meio de discussões para definir a divisão dos valores que serão repassados neste ano e em 2016.
Segundo ele, o calendário de pagamento deve ser anunciado até o final desta semana.
“Pedaladas” são o atraso do governo no repasse de recursos do Tesouro para bancos públicos, como Caixa e Banco do Brasil, para o financiamento de programas como o Bolsa Família, o Abono Salarial e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Questionado sobre o que o governo fará para ganhar a confiança dos investidores no atual cenário, Barbosa respondeu que isso está ligado à realidade macroeconômica e às oportunidades de negócio. E citou que o governo brasileiro pretende fazer, no primeiro semestre de 2016, leilão de vários projetos de infraestrutura.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch, rebaixou a nota de crédito do Brasil, para grau especulativo. Foi a segunda agência do tipo a anunciar essa medida desde setembro.
Sobre as condições políticas do governo para aprovar as medidas do ajuste fiscal e para atrair os investimentos, Barbosa afirmou que o governo tem enfrentado dificuldades, mas tem todas as ferramentas para conseguir as aprovações no Congresso.
Pedaladas e reservas
Perguntado sobre o cronograma para pagamento da dívida com bancos públicos brasileiros por conta das chamadas “pedaladas fiscais”, Barbosa respondeu que o governo está no meio de discussões para definir a divisão dos valores que serão repassados neste ano e em 2016.
Segundo ele, o calendário de pagamento deve ser anunciado até o final desta semana.
“Pedaladas” são o atraso do governo no repasse de recursos do Tesouro para bancos públicos, como Caixa e Banco do Brasil, para o financiamento de programas como o Bolsa Família, o Abono Salarial e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Com o atraso, os bancos tiveram que financiar os programas com recursos próprios. O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou as “pedaladas” realizadas entre 2013 e 2014 e concluiu que elas foram como empréstimos dos bancos ao governo, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda de acordo com o tribunal, a medida teve o objetivo de maquiar as contas públicas.
No dia 9 de dezembro, o TCU deu prazo de 30 dias para que o governo apresente um cronograma de pagamento dos valores devidos a bancos públicos.
Barbosa foi questionado ainda se considerava que o governo deveria utilizar as reservas para financiar investimentos. Ele disse que as reservas são um seguro contra choques internacionais na economia brasileira e que elas não devem ser usadas para financiamentos.
No dia 9 de dezembro, o TCU deu prazo de 30 dias para que o governo apresente um cronograma de pagamento dos valores devidos a bancos públicos.
Barbosa foi questionado ainda se considerava que o governo deveria utilizar as reservas para financiar investimentos. Ele disse que as reservas são um seguro contra choques internacionais na economia brasileira e que elas não devem ser usadas para financiamentos.
Troca de pastas
Nelson Barbosa, até então ministro do Planejamento, substituirá Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda.
Nelson Barbosa, até então ministro do Planejamento, substituirá Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda.
Com a ida de Barbosa para a Fazenda, ocorrerá uma segunda troca no primeiro escalão. O atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Ministério do Planejamento.
Barbosa agradeceu a confiança da presidente Dilma Rousseff pela indicação ao cargo, e elogiou o trabalho de Levy à frente do ministério. "Gerou bastante resultados positivos", disse
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