sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Deficiência: Igreja Católica procura ser cada vez mais «inclusiva»


Agência Ecclesia 03 de Dezembro de 2015, às 16:01        Diocese de Bragança-Miranda
Diocese de Bragança-Miranda
Diocese de Bragança-Miranda

Serviço pastoral do setor tem vindo a sensibilizar dioceses e abrir portas

Lisboa, 03 dez 2015 (Ecclesia) - O Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD), organismo católico coordenado pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, assume a necessidade de procurar uma Igreja “inclusiva, para todos e com todos”.

“Estas pessoas têm de fazer parte das nossas comunidades, têm de ser acolhidas”, juntamente com as suas famílias, refere Tiago Casaleiro, do SPPD, em entrevista transmitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2), assinalando o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Para o responsável, um dos pontos mais “visíveis” das dificuldades está na vivência da Liturgia, com poucos recursos para pessoas cegas ou surdas, para além da falta de acessibilidades.

“A Igreja foca-se nas capacidades, unimo-nos às pessoas com deficiência e olhamos para as suas capacidades”, observa Tiago Casaleiro.

O membro do SPPD recorda a necessidade de um apoio “muito específico”, como o que é oferecido pelas comunidades do movimento ‘Fé e Luz’, prestes a celebrar 40 anos em Portugal; em 2017 vai decorrer uma “peregrinação jubilar” a Fátima para as pessoas com deficiência e suas famílias.

As dioceses mais empenhadas neste serviço, acrescenta Tiago Casaleiro, são as das “periferias”, recordando que o bispo da Diocese de Bragança-Miranda publicou recentemente uma nota pastoral, na qual sublinha que “as pessoas com deficiência continuam a fazer parte dos muitos excluídos da sociedade e de muitos lugares eclesiais”.

Apesar de já se encontrarem “sinais positivos” de mudança, por exemplo quanto ao cuidado com a “acessibilidade” das pessoas com deficiência aos edifícios, monumentos, escolas, transportes públicos ou ao traçado da via pública, D. José Cordeiro frisava que “ainda há muito a fazer”.

O prelado exorta as comunidades católicas da região, nas paróquias, unidades pastorais, movimentos e todas as famílias, a cuidarem “destes irmãos com ternura e inteligência pastoral, nos gestos e nas novas linguagens, na catequese, na liturgia e na caridade”.

HM/OC

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