Francisco fez referência à sua encíclica Laudato si, sobre a proteção do meio ambiente.
O papa Francisco pediu neste domingo (6) aos mais de 150 líderes mundiais que participam 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, que concentrem os seus esforços em "atenuar o impacto das alterações climáticas, combater a pobreza e favorecer a dignidade humana".
Francisco fez referência à sua encíclica Laudato si, sobre a proteção do meio ambiente, em declarações feitas depois da oração do Angelus. "Sigo com atenção os trabalhos da conferência sobre o clima que está acontecendo em Paris e vem-me à mente uma pergunta que escrevi na encíclica Laudato si: Que tipo de mundo desejamos transmitir àqueles que vêm depois de nós, às crianças que estão crescendo?", questionou.
O papa aproveitou também para pedir à comunidade internacional que tenha "a coragem para defender sempre o bem maior para a totalidade da família humana".
A COP21 começou no dia 30 de novembro e segue até o dia 11 de dezembro. Mais de 150 líderes mundiais, no fim de duas semanas de negociações, vão tentar alcançar um acordo universal para travar as mudanças climáticas.
Em seu discurso, o papa Francisco aproveitou também para pedir que as relações entre católicos e ortodoxos tenham sempre por base o respeito, o amor, o perdão e a convivência fraterna, pois no dia 8 de dezembro marca o início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, quando se celebra o 50º aniversário do fim do Concílio Vaticano II (1962 - 1965), que resultou em uma declaração comum entre o papa Paulo VI e o patriarca ecumênico Atenagora.
De acordo com o papa Francisco, esse "gesto histórico de reconciliação (.) criou as condições para um novo diálogo entre ortodoxos e católicos no amor e na verdade", razão pela qual deve ser recordado antes do Jubileu da Misericórdia.
O discurso depois da oração do Angelus serviu ainda para recordar os sacerdotes franciscanos poloneses Miguel Tomaszek e Zbigniew Strzalkowski e o diocesano italiano Alessandro Dordi, assassinados em 1991 pela organização terrorista Sendero Luminoso e convertidos nos primeiros beatos por martírio na história do Peru.
"Que a fé destes mártires na fidelidade a Jesus dê força a todos, mas especialmente aos cristãos perseguidos nas mais diversas partes do mundo, para dar testemunho com coragem do Evangelho", disse o papa Francisco.
A cerimônia de beatificação ocorreu no sábado (5), no Estádio Centenário Manuel Rivera, na cidade de Chimbote, a cerca de 440 quilômetros a norte de Lima, capital do Peru, e pertencente à região de Ancash, onde foram mortos os três religiosos. Cerca de 25 mil pessoas assistiram à missa solene, que esteve a cargo do cardeal italiano Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano.
Agência Brasil
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