Bento XVI e Papa Francisco / Foto: L'Osservatore Romano
ROMA, 01 Dez. 15 / 04:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na coletiva de imprensa realizada durante o voo de regresso a Roma, depois da sua primeira e histórica viagem à África, o Papa Francisco recordou que o primeiro que denunciou a corrupção na Igreja foi o Papa Emérito Bento XVI, quando ainda era Cardeal Joseph Ratzinger.
O Santo Padre recordou que, na Sexta-feira Santa do ano 2005, “treze dias antes da morte de São João Paulo II, o então Cardeal Ratzinger rezava o Via Crucis enquanto denunciou sobre a ‘sujeira’ da Igreja. Ele foi o primeiro a denunciá-la. Logo o Papa São João Paulo II morreu. E (Ratzinger) foi eleito Papa (…) Desde esse tempo, anda no ar a ideia de que há corrupção no Vaticano”, acrescentou.
Na verdade, na meditação da estação da Via Crucis de março de 2005, o Cardeal Ratzinger exclamou: “Quanta sujeira na Igreja e entre os que, por seu sacerdócio, deveriam estar completamente entregues a ele! ”.
A respeito da nomeação do sacerdote Vallejo Balda e a relações públicas Francesca Chaouqui como membros da COSEA, uma comissão que foi criada para ajudar na reorganização econômica do Vaticano, o Papa Francisco admitiu que “se cometeu um erro”.
Ambos, junto aos jornalistas Gianluigi Nuzzi, Emiliano Fitipaldi e o ex-colaborador da COSEA, Nicola Maio, são os cinco culpados pelos novos vatileaks, cujo julgamento teve ontem uma breve audiência na qual foi decidida que a seguinte sessão irá acontecer no próximo dia 7 de dezembro.
Eles foram acusados pelo roubo e pela divulgação de documentos confidenciais do Papa e do Vaticano.
O Pontífice disse na coletiva de imprensa acerca deste lamentável caso que “os juízes nos dirão a verdade”. E acrescentou: “Para mim, não foi uma surpresa. Não me tirou o sono, porque foi divulgado o trabalho que se começou a fazer com o Conselho de Cardeais, o C-9, a fim de encontrar casos de corrupção e coisas que não estão bem”.
Ao finalizar, o Papa Francisco comentou: “Sobre este julgamento, eu dei aos juízes as acusações concretas. O mais importante para a defesa é a formulação das acusações. Eu não tenho lido as acusações concretas e técnicas”.
Etiquetas: Vaticano, Papa Francisco, Riquezas do Vaticano, Vatileaks, BENTO XVI
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