“Por ocasião do Ano Santo da Misericórdia, explicou D. Arizmendi – decidimos abrir dois novos centros de acolhimento para os migrantes: um na fronteira com Mazapa e outro em Salto de Água. E a colecta por ocasião da visita do Papa será para estes dois projectos”.
O prelado sublinhou que a Igreja local tem já outros três pontos de assistência aos migrantes, mas não chegam, pois a questão migratória, sobretudo no México, é particularmente aguda: ao país afluem migrantes da Guatemala, Honduras, El Salvador, Cuba e, ultimamente, também da Índia e da China.
Os bispos – disse - estão contristados pelo facto de grupos de pessoas percorrerem a pé quilómetros e quilómetros para chegarem aos centros da Igreja e de chegarem com chagas nos pés. “O que lhes oferecemos é uma ajuda de primeira necessidade como uma refeição, uma cama, a possibilidade de se lavarem. Por vezes conseguimos dar-lhes uma ajuda legal para questões jurídicas”. Uma tarefa não fácil, sobretudo em países – refere com tristeza D. Arizmendi – onde “o dinheiro corrompe tudo, por vezes mesmo a própria Igreja”. “Muitos jovens não encontram trabalho, então grupos criminosos os integram nas suas fileiras, obrigando-os a roubar, a matar, a traficar a droga, sob pena da morte dos seus familiares”.
Daí, o apelo do prelado a reforçar a “Pastoral juvenil e familiar, uma verdadeira prioridade”.
Por fim, no que toca às expectativas da próxima visita do Papa Francisco, o prelado sublinha que a população mexicana aprecia-o muito “não só pela sua simplicidade, mas também porque está a reconduzir tudo à essência do Evangelho. Os fieis vêem-no como uma pessoa tranquila, mas profundamente consciente da via justa a percorrer”
(DA)
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