Imagem referencial / Foto: Flickr Catholic Charities - Jeffrey Bruno (CC-BY-2.0)
MEXICO D.F., 11 Jan. 16 / 12:10 pm (ACI).- A Unidade de Investigação do Centro Católico Multimídia (CCM) informou que durante o ano 2015 o crime organizado matou três sacerdotes e cerca de 50 pessoas vinculadas à Igreja foram assassinadas nos últimos 25 anos.
As vítimas foram o Pe. Israel Garrido, pároco da Igreja San Benito Abad, no Estado do México; o Pe. Francisco Javier Gutiérrez Díaz, da Confraternidade dos Operários do Reino de Cristo (CORC), da Arquidiocese de Morelia Michoacán; assim como o Pe. Erasto Pliego de Jesus, pároco de Cuyoaco, da Arquidiocese de Puebla.
O CCM começou o cálculo em 1990 e desde então mataram 1 cardeal, 38 sacerdotes, 1 diácono, 4 religiosos, 5 sacristãos e 1 jornalista católica. Todos morreram “por causa de persistir com ardor sua missão eclesiástica, apesar das dificuldades e da situação de violência permanente na qual o país vivencia”, indicou.
Segundo o Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME), o relatório assinalou que 44 por cento dos atentados correspondem a sequestros e torturas, 35 por cento foram assaltos a paróquias, 15 por cento correspondem a agressões na rua; e 6 por cento a uma causa desconhecida.
Além disso, os dados analisados há 25 anos assinalam o estado de Guerreiro e o Distrito Federal como os lugares mais perigosos para exercer o ministério sacerdotal, com 15 por cento cada uma. Em seguida, estão Chihuahua e Michoacán, com 9 por cento cada uma; Veracruz, 8 por cento; Baixa Califórnia, Tamaulipas e Puebla, com 6 por cento cada uma; Oaxaca, Jalisco, Estado do México, com 4 por cento cada um; Coahuila, Hidalgo, Aguascalientes, Guanajuato, Sinaloa, Durango e Colima com 2 por cento cada um.
“Os dados divulgados, infelizmente assinalam a República Mexicana como o país latino-americano mais perigoso para exercer o ministério sacerdotal. Se observamos o fenômeno em perspectiva histórica, o panorama não é alentador, toda vez que nosso país completa uma década como primeiro colocado em crimes de ódio contra sacerdotes, religiosos e leigos. Depois do México estão Colômbia, Brasil, Venezuela, Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e Peru, entre outros”, indicou o texto publicado pelo SIAME.
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