segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cláudio de La Colombièrre

Um coração encharcado por um Coração de Amor…
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Wikipedia Commons
Provavelmente este nome seja desconhecido para você, mas certamente você é devoto ou conheça quem seja devoto do Sagrado Coração de Jesus, estou certa? Se sim, verás que este santo lhe é muito familiar. Pois foi justamente pelas visões de Santa Margarida Maria Alacoque, difundidas por seu confessor e confidente São Cláudio de la Colombière em 1675 que surgiu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Mas quem foi São Cláudio de La Colombierre? Da infância de Cláudio, pouco se conhece. Nasceu a 2 de fevereiro de 1641, na aldeia de Saint-Symphorien, França. Era de uma família muito religiosa, passou por um período em Lyon estudando, sendo nesta cidade onde ele tomou contato com a obra de Francisco de Sales, e ao fazer dezessete anos, enquanto passava alguns dias de férias na casa dos pais, Cláudio decidiu tornar-se jesuíta, ordenando-se Padre em 1669. De temperamento reservado, um pouco tímido, de uma capacidade intelectual muito grande, exímio orador, excelente professor de retórica e muito afetuoso para com todos.
A vida de São Cláudio de La Colambiere é extraordinária. Mas neste artigo atento-me a escrever sobre a sua máxima missão, participar por desígnio do próprio Jesus, na chamada “Grande Revelação” feita a Santa Margarida Maria em um dia da Oitava de Corpus Christi de 1675, quando ela rezava diante do Santíssimo Sacramento. Transcreveu a Santa as célebres palavras proferidas por Nosso Senhor, enquanto lhe mostrava seu Divino Coração: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-Se e consumir- -Se, para manifestar-lhes seu amor. E como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, desprezos, irreverências, sacrilégios, friezas que têm para comigo neste Sacramento de amor. E é ainda mais repugnante, porque são corações a Mim consagrados”.
Em seguida, o Senhor pediu-lhe que a primeira sexta-feira após a Oitava de Corpus Christi fosse consagrada como festa especial para honrar seu Coração, com um ato público de desagravo e comunhões reparadoras.
A religiosa alegou sua indignidade e incapacidade de realizar a missão, e recebeu esta resposta de Jesus: “Dirige- te a meu servo Cláudio e dize-lhe, de minha parte, que faça todo o possível para estabelecer esta devoção e dar esse gosto a meu Divino Coração; que não desanime diante das dificuldades que encontrará, pois estas não faltarão, mas ele deve saber que é todo poderoso quem desconfia de si mesmo para confiar unicamente em Mim”.
Assim, na sexta-feira seguinte, celebraram, pela primeira vez, a Festa do Sagrado Coração de Jesus, consagrando-se inteiramente a Ele.
Colombière faleceu em 15 de fevereiro de 1682, com 41 anos, contudo, a grande missão de São Cláudio só se realizaria plenamente muitos anos depois, em 8 de maio de 1928, quando Pio XI elevou à suprema categoria litúrgica a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, por meio da Encíclica Miserentissimus Redemptor.
Um ano mais tarde, Cláudio de La Colombière seria beatificado pelo mesmo Papa. E coube a João Paulo II, em 31 de maio de 1992, a honra de incluir no catálogo dos santos o nome deste sacerdote jesuíta, tão amado pelo Divino Coração de Jesus.
Agora, cientes da belíssima missão de São Cláudio, poderia aqui traçar varias reflexões sobre este amor que jorra do coração de Jesus por cada um de nós, e que tanto gritou e expressou-se no coração de São Cláudio. Mas preferirei deixar esta reflexão por si só. Não, sem antes, lembrar-vos das palavras do Papa Francisco na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em 2013“Deixar que Ele se faça próximo a nós, deixar que ele nos acaricie. É tão difícil deixar-nos amar por Ele. Talvez isso é o que devemos pedir hoje na Missa: ‘Senhor, eu quero amá-Lo, mas me ensine a difícil ciência, o difícil hábito de deixar-nos amar, de senti-Lo próximo e tenro!’. Que o Senhor nos dê esta graça!”.
Sim! Que o Senhor nos conceda no dia de São Cláudio de La Colombière esta graça de deixar-nos amar por Seu Divino e Sagrado Coração. Porque não me resta dúvida, que uma vez amados por este Coração, nosso coração não se conformará por um outro coração que não seja o Dele!
São Cláudio de La Colombière, rogai por nós!
Zenit

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