quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Dilma diz que país tem de 'provar' que é mais forte que mosquito

Alckmin e Dilma em evento no interior de SP (Foto: Wether Santana/Estadão Conteúdo)
OMS declarou emergência de saúde pública internacional por microcefalia.
Presidente discursou em evento de entrega de casas no interior de SP.
Do G1 Campinas e Região e do G1, em Brasília

 Alckmin e Dilma em evento no interior de SP (Foto: Wether Santana/Estadão Conteúdo)
O governador Alckmin, Dilma e o ministro das Cidades Gilberto Kassab em evento de entrega de casas do
programa Minha Casa, Minha Vida, em Indaiatuba, no interior de SP (Foto: Wether Santana/Estadão Conteúdo)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (3) em discurso em Indaiatuba, no interior de São Paulo, que é preciso "provar" que o país é mais forte que o mosquisto Aedes aegypt, transmissor do zika vírus. O vírus tem sido relacionado com a epidemia de microcefalia que começou no fim de 2015 em estados do Nordeste. Dilma pediu determinação da população no combate ao mosquito transmissor do zika.

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A presidente participou em Indaiatuba, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), da cerimônia de entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida.
Parte do público reagiu negativamente à entrega de uma das chaves por Alckmin a um morador. Houve vaias, mas a reação não durou muito. A presidente Dilma fez um sinal negativo com a cabeça diante da situação. Posteriormente, ao se posicionar para fazer um discurso, o governador voltou a ser vaiado por algumas pessoas enquanto outras aplaudiam.
Nesta terça-feira (3), ao levar ao Congresso mensagem do Executivo na abertura do ano legislativo, a presidente já havia destacado as medidas que o governo vem tomado no combate ao mosquito, como a disponibilização de efetivo das Forças Armadas nas ações contra o Aedes.
"Nós temos de provar que este país, com 200 milhões de habitantes, mais de 200 milhões de habitantes, é mais forte que o mosquito. É isso que eu queria encerrar, pedindo a determinação de vocês [no combate ao mosquito]. Não é uma questão pouco séria", disse a presidente ao final do discurso em Indaiatuba.

"Nós podemos juntos, governo federal, governo estadual, os municípios, as igrejas, a sociedade, cada um de nós, podemos derrotar o mosquito se nós tivermos o cuidado de olhar dentro das nossas casas. Sabe por quê? Dois terços das águas paradas que são criadouros do mosquitos estão dentro das nossa residências. Dois terços. Então, peço encarecidamente aos senhores, olhem para dentro das suas residências, das casas. [...] Não deixem água parada, não deixem acumular água limpa ou suja", disse a presidente.

Nesta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) chegou a decretar estado de emergência de saúde pública internacional em razão da microcefalia. Dilma tem falado nos últimos dias sobre a importância de se combater o mosquito no país. Nesta terça-feira, após receber no Palácio do Planalto o presidente boliviano, Evo Morales, Dilma disse que é preciso um trabalho conjunto na região para combater o vírus.

Ao discursar, a presidente lembrou que o Brasil firmou parceria internacional para tentar desenvolver uma vacina contra o vírus. "Estamos buscando incansavelmente o desenvolvimento de uma vacina, inclusive em parceira com os Estados Unidos. Falei com o presidente Obama sobre isso. O Instituto Butantan também fez parceria com laboratório francês. [...] Vamos buscar de todos os jeitos desenvolver essa vacina", declarou.

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Minha Casa, Minha Vida
A presidente Dilma Rousseff foi a Indaiatuba para a cerimônia que entregou 2.048 casas do programa Minha Casa, Minha Vida, de um total de 7.540 que foram entregues nesta quarta em outros oito municípios do país: Itu (SP), Jundiaí (SP), Salvador (BA), Camaçari (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), Caucaia (CE), Timon (MA) e Campo Mourão (PR).

A presidente informou que, até 2018, um total de 6 milhões de casas terão sido entregues pelo programa. Só na terceira etapa do programa, faltam ser entregues 2 milhões de casas, segundo Dilma.

"Nós, no início de março, nós estamos fechando. Ontem mesmo fizemos reunião. Estamos fechando o Minha Casa, Minha Vida 3, porque essas 1,6 milhão [que foram entregues] são do  Minha Casa, Minha Vida 2.  Com o 3 [terceira etapa], estamos calculando, tivemos de rever os valores. Nos também tivemos dificuldade. O Brasil passa por dificuldade, queremos fazer em torno de 2 milhões a mais até 2018. Então, vamos fechar seis milhões", declarou.
"É o maior programa habitacional da América Latina. Acho que só não deve ser maior que um programa habitacional que o da China. Agora, o da China é pagio integramente. O nosso também é pago, vocês não ganham de graça, estão pagando. Mas a parcela que vocês pagam transformam este no maior programa popular de interesse social da América Latina", concluiu.

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