sábado, 20 de fevereiro de 2016

Fisioterapia não ajuda pacientes com Parkinson

Atuais padrões de terapia podem ser uma perda de tempo e dinheiro.
A fisioterapia e a terapia ocupacional não oferecem melhoras para a qualidade de vida dos pacientes que sofrem de quadros leves a moderados de mal de Parkinson, garantiu um estudo britânico publicado.
A descoberta, divulgada na publicação especializada Journal of the American Medical Association (JAMA) Neurology, sugere que os atuais padrões de terapia para pacientes nas primeiras fases da doença podem ser uma perda de tempo e dinheiro.
O mal de Parkinson ataca o sistema nervoso central e afeta cerca de sete milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo os 4% dos indivíduos de mais de 80 anos.
O estudo analisou 762 pacientes com quadros leves a moderados do mal de Parkinson, recrutados de 38 cidades da Grã-Bretanha.
Todos os pacientes experimentavam algumas dificuldades para realizar atividades diárias como abotoar camisas ou escovar os dentes.
Metade recebeu a orientação de fazer fisioterapia e metade a orientação de fazer a mesma quantidade de sessões de terapia ocupacional.
A terapia física tende a se concentrar no diagnóstico e tratamento de lesões, enquanto a terapia ocupacional tem como objetivo ajudar os pacientes a ajustar lesões e melhorar suas habilidades da vida diária.
Após três meses, os pesquisadores da Universidade de Birmingham descobriram que não houve diferença entre os grupos, nem sobre sua capacidade de realizar tarefas diárias, nem sobre as respostas às perguntas relacionadas com a qualidade de vida.
Além disso, não houve "benefícios clínicos significativos, a curto ou médio prazo" depois das duas terapias, informaram os pesquisadores.
Portanto, deve-se explorar mais "o desenvolvimento e estudo de programas de fisioterapia intensiva e estruturada em pacientes de todos os estágios da doença".
"Nós poderíamos concluir que prescrever fisioterapia ou terapia ocupacional para os pacientes em um estágio inicial do mal de Parkinson não é rentável", disse Eric Ahlskog, médico da clínica Mayo, em Rochester.
AFP

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