Padre Geovane Saraiva*
Quaresma, tempo especial da revelação da
bondade e da ternura misericordiosa de um Deus paciente, que, de acordo com o
Livro Sagrado na parábola da figueira estéril, acolhe a proposta do agricultor,
ao oferecer-lhe mais um pouco de tempo, dizendo-nos que tem paciência para
conosco, mas que está ao nosso lado, querendo ver a nossa utilidade e os bons
frutos (cf. Lc 13, 6-9).

Nossa tarefa é a de perceber o quanto é
urgente a conversão do coração, dentro do contexto dos três anos da eleição do
Papa Francisco; como ele tem sido exaustivo nos exemplos e atitudes, indicando
que nós cristãos – discípulos do Senhor – somos convidados a assumir também uma
postura de humildade, no serviço e no despojamento, colocando-nos ao lado do
povo aflito, frágil e sofredor: os pobres, os doentes, os fracos, os presos.
Também os que sobram e são excluídos e mesmo nem visto são, em uma sociedade
hedonista e consumista que se diz cristã. A humanidade precisa ter clareza e
colocar bem diante dos olhos e no coração a lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, a
Nova Lei: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” (cf. Jo 13, 34).
Contamos com a enorme empreitada, dentro da
proposta salvífica do Filho de Deus, na clareza da doação generosa, a partir do
mistério da cruz do Filho de Deus. Ela é imprescindível e decisiva para a
realização da humanidade, mesmo consciente da resistência de não aceitação e
mesmo não se admitir a cruz como redentora e libertadora. Que o grande sonho de
Deus Pai, a nós ofertado no Evangelho de Jesus, seja aquele de sempre mais
termos diante dos olhos, na mente e no coração, a possibilidade de realização
da criatura humana, já aqui neste mundo e no mundo futuro, a esperança de
vermos novas todas as coisas. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal - Parquelândia, Fortaleza-CE -geovanesaraiva@gmail.com
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