O sangue do martírio escorria pelo solo sagrado da Amazônia que, durante quase 40 anos, a missionária das Irmãs de Nossa Senhora de Namur ajudou a defender.
Nesta sexta-feira, camponeses prestarão homenagens à memória de irmã Dorothy, que morreu cidadã brasileira e, sobretudo, uma cidadã de fé.
Não por coincidência, irmã Dorothy começou a ler as Bem-aventuranças quando percebeu a presença dos matadores de aluguel que a martirizaram justamente na localidade chamada Boa Esperança.
O legado de irmã Dorothy em defesa das populações autóctones e pelo desenvolvimento sustentável na Amazônia não perde atualidade.
Agricultura familiar e exploração consciente e sustentável do território são apenas alguns exemplos que seguem os ideais da religiosa em busca da promoção e valorização de campesinos e silvícolas.
Todavia, o clichê por trás da expressão “terra sem lei” continua, infelizmente, também atual.
Hoje, muitas outras “Dorothy Stang” estão marcadas para morrer por defender a terra amazônica e seus habitantes das garras gananciosas dos madeireiros e grileiros, da pecuária extensiva e barões do agronegócio. (RB)
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