domingo, 28 de fevereiro de 2016

Negociações de paz para Síria serão retomadas

As conversações precedentes foram suspensas no começo de fevereiro.
O mediador das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, anunciou sua intenção de convocar para 7 de março uma nova rodada de negociações de paz.
"Sob a condição de que se respeite a suspensão das hostilidades, se Deus quiser e diante da manutenção da entrega da ajuda humanitária, tenho a intenção de voltar a convocar (...) negociações sobre a Síria na segunda-feira, dia 7 de março", declarou Mistura ao Conselho de Segurança da ONU.
As conversações precedentes, realizadas em Genebra, foram suspensas no começo de fevereiro.
Imediatamente após a declaração de De Mistura, o Conselho de Segurança da ONU adotou - por unanimidade - uma resolução que endossa o acordo de cessar-fogo e "exige a suspensão das hostilidades.
A trégua entre o regime e os rebeldes entrou em vigor à 00H00 local de sábado (19H00 Brasília de sexta-feira), após um acordo fechado entre Rússia e Estados Unidos com o apoio da ONU.
Trata-se da primeira trégua desta amplitude em cinco anos de guerra civil, que já deixou mais de 270 mil mortos.
Em sua declaração, o Conselho de Segurança exorta "todas as partes a respeitar a suspensão das hostilidades" e pede aos membros do grupo de apoio internacional à Síria "que usem sua influência sobre as partes envolvidas visando garantir o respeito de seus compromissos" e favorecer a aplicação de uma trégua "durável".
A resolução pede, mais uma vez, um acesso humanitário "livre, seguro e rápido" na Síria, em particular para os 4,6 milhões de sírios que se encontram bloqueados em zonas assediadas ou de difícil acesso.
O Conselho destaca a necessidade de se aplicar um processo de negociações que leve a uma transição política, e pede ao mediador da ONU que convoque, "o mais cedo possível", uma nova sessão de negociações de paz com a participação do governo sírio e da oposição.
A trégua não inclui os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e da Frente Al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda, dois grupos adversários que ocupam grande parte do país.
AFP

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