sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Papa no avião confirma viagem à Colômbia em 2017 para acordo Governo-Farc

Francisco brinca com os 76 repórteres que o acompanham na viagem ao México. Recebeu de presente um sombrero “para proteger-se do sol”
Antonio Spadaro SJ - Account Twitter @Antoniospadaro
Antonio Spadaro SJ - Account Twitter @Antoniospadaro
Ainda no voo rumo ao México, o Papa Francisco já pensa nas suas próximas viagens internacionais; por exemplo a de Colômbia que acontecerá em 2017, para a assinatura dos acordos de paz entre o governo e os rebeldes das Farc. Quem confimou a notícia foi o próprio Pontífice respondendo a uma pergunta do jornalista colombiano Néstor Pongutá Puerto.
Francisco cumprimentou, de fato, um a um todos os 76 jornalistas admitidos no voo papal, começando com a jornalista mexicana Valentina Alazraki, estrela da rede Televisa, decana dos vaticanistas, com mais de 100 viagens papais. A jornalista presenteou um curioso sombrero, o típico chapéu mexicano, que retrata a imagem do Santo Padre e de Nossa Senhora de Guadalupe.
“Este é o terceiro papa a quem Valetina presenteia um sombrero!”, disse o padre Federico Lombardi. E a jornalista respondeu: “Para que se sinta mexicano! O primeiro dei para João Paulo II, 37 anos atrás. Depois ele fez uma coleção porque viajou cinco vezes. O Papa Bento colocou-o em Guanajuato e disse que se sentia mexicano. Então, agora era a sua vez. Além disso, este sombrero veio de Cuba. A família mexicana levou-o a Cuba, mas não conseguiu entregar-lhe lá e me deixou. Prometi, caso você tivesse mantido a promessa de ir ao México, de presentar-lhe. O que eu não imaginava era que o sombrero voltasse a Cuba. Isso foi a surpresa! Obrigada e boa viagem!”.
A mesma Alazraki presenteou ao Papa durante a audiência geral da última quarta-feira, alguns filmes de Cantinflas, nome artístico de um famoso comediante mexicano. Francisco brincou dizendo: “A vossa decana mexicana me esperava para fazer-me entrar no túnel do tempo com todos os filmes de Cantinflas. E assim entrei no México pela porta de Cantinflas, que te faz rir bem”.
Aos jornalistas Bergoglio também sublinhou que a viagem ao México, terra visitada oito vezes pelos seus antecessores, “é uma viagem desafiadora, muito apertada, mas realmente querida”. “Tão querida”, acrescentou, pelo meu irmão Kirill, com quem se encontrará na Havana, “por mim e também pelos mexicanos”.
Um pensamento foi, naturalmente, para a Virgem de Guadalupe, para a qual o Papa é ligado por uma profunda devoção. Referindo-se ao manto, à “tilma” onde “não pintada por mão humana” representa-se Nossa Senhora, o Papa disse aos jornalistas: “A minha vontade mais íntima é parar diante de Nossa Senhora de Guadalupe, aquele mistério que se estuda, se estuda, se estuda e não se encontram explicações humanas. E isso é o que faz os mexicanos dizerem ‘Eu sou ateu, mas sou guadalupano’. Alguns mexicanos, nem todos, são ateus”.
Finalmente, uma saudação ao Dr. Alberto Gasbarri, organizador veterano das viagens papais que terminará a sua carreira com essa viagem ao México. Na próxima vez será substituído por Mons. Mauricio Rueda. “Esta é a última viagem que nos acompanha o doutor Gasbarri “, disse Francisco, lembrando que” durante 47 anos trabalhou no Vaticano. Entrou com 3, 4 anos para o trabalho! Há 37 anos que realiza as viagens. Mas falo para que possamos, nestes dias, expressar-lhe a nossa gratidão”. Zenit

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