sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Papa vai presidir a Missa junto à fronteira México-EUA


Agência Ecclesia 05 de Fevereiro de 2016, às 14:37        (Lusa)

Programa oficial apresentado hoje prevê mais de 24 mil quilómetros percorridos com vários banhos de multidão

(Lusa)
Cidade do Vaticano, 05 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa vai presidir a uma Missa ao ar livre na fronteira entre o México e os Estados Unidos da América, no próximo dia 17, com o objetivo de chamar a atenção dos responsáveis internacionais para os problemas das migrações.

O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, sublinhando o “significado claríssimo” desta celebração, que vai decorrer em Ciudad Juárez, “intencionalmente” num local que é visível dos dois lados.

O papamóvel vai passar simbolicamente junto à fronteira México-EUA, com o Papa a saudar quem estiver do lado norte-americano, celebrando depois a última Missa em solo mexicano, a 80 metros desta mesma fronteira de El Paso.

A viagem ao México vai decorrer a partir do próximo dia 12, depois de uma escala de Francisco em Cuba, também anunciada hoje, para um histórico encontro, pela primeira vez, com o patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo.

No total, o Papa vai percorrer mais de 24 mil quilómetros, o equivalente a mais de meia volta ao mundo, em 12 ligações aéreas, de avião e helicóptero, que implicam quase 36 horas de voo.

A 12ª viagem internacional do pontificado inclui passagens pela Cidade do México, Ecatepec, Tuxtla Gutiérrez e San Cristóbal de Las Casas (Chiapas), Morelia e Ciudad Juárez.

Francisco terá à sua disposição cinco papamóveis, incluindo os dois usados em setembro de 2015 nos EUA, e o Vaticano espera que milhares de pessoas acompanhem os percursos de vários quilómetros na capital mexicana.

O programa oficial começa no próximo dia 13, com a cerimónia de boas-vindas no Palácio Nacional, a visita de cortesia ao presidente da República Mexicana e o encontro com as autoridades civis; já na catedral, Francisco tem um encontro com os bispos católicos do México.

Ainda a 13 de fevereiro, de tarde, o Papa vai presidir à Missa no Santuário de Guadalupe, “momento fundamental” desta viagem, segundo o padre Federico Lombardi.

O pontífice argentino já pediu tempo a sós junto imagem da padroeira da América Latina para um momento de oração pessoal, “tranquilamente sentado diante da Virgem Maria”, acrescentou.

No dia 14, Francisco segue em helicóptero até Ecatepec, nos arredores da Cidade do México, onde preside à Missa dominical perante uma multidão estimada em 400 mil pessoas, regressando depois à capital, para visitar os doentes do Hospital Pediátrico ‘Federico Gómez’.

A 15 de fevereiro, o Papa viaja mais de 740 quilómetros de avião até Tuxtla Gutiérrez, transferindo-se para San Cristóbal de Las Casas, localidade em que vai celebrar uma Missa com as comunidades indígenas de Chiapas, no sul do México, com cantos nas línguas locais, seguindo-se o almoço com oito representantes indígenas; de regresso a Tuxtla Gutiérrez, Francisco participa no Encontro com as Famílias, num estádio.

Na terça-feira, dia 16, o pontífice argentino visita a cidade de Morelia, cujo bispo foi criado cardeal pelo atual Papa em 2015, celebrando Missa com sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados e seminaristas; de tarde tem lugar o encontro com os jovens, de novo num estádio.

Já a 17 de fevereiro, Francisco percorre mais de 1500 quilómetros em avião até Ciudad Juárez (Estado de Chihuahua), na fronteira com os EUA, considerada uma das cidades mais violentas do mundo, com problemas ligados ao tráfico de pessoas e de droga, começando por visitar a conhecida prisão ‘CeReSo n.3’, onde estão cerca de 3 mil detidos; a agenda inclui um encontro com delegações de trabalhadores e movimentos populares.

A Missa final, junto à fronteira, vai contar com a participação de vários grupos de vítimas de violência, adiantou o porta-voz do Vaticano.

A chegada à capital italiana está prevista para a tarde de 18 de fevereiro.

O último Papa a visitar o México foi Bento XVI, em março de 2012, mas o agora Papa emérito não visitou o Santuário de Guadalupe para evitar os efeitos da altitude; João Paulo II esteve no México em cinco ocasiões: 1979, 1990, 1993, 1999 e 2002.

OC

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