Plano prevê a valorização da educação jurídica e da defesa das prerrogativas das advogadas.
Por Daniela Galvão
Repórter Dom Total
Para promover o respeito, a defesa e as prerrogativas da mulher advogada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Federal instituiu, por meio da Resolução 01/2016, o ano de 2016 como aquele que será voltado para a mulher advogada, com a implementação de um plano nacional de valorização. No início desse ano, quando a Resolução foi publicada, o então presidente da OAB Federal, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que “grandes homens são os que percebem a altivez do momento histórico. A inclusão das mulheres advogadas no sistema OAB é fruto de muito trabalho. Lançamos esta importante medida, que fortalecerá a atuação das mulheres advogadas que, em poucos anos, serão mais numerosas que os homens em nossa entidade”, afirmou.
Em Minas Gerais, por exemplo, dos 95.687 inscritos, 45.319 são mulheres, o que significa 47,36% dos quadros da OAB-MG. Segundo o relator do Plano Nacional da Mulher Advogada e presidente da OAB do Espírito Santo, Homero Mafra, 2016 trará diversas ações para apresentar e implementar as medidas, tanto no plano nacional quanto nas seccionais. Entre as ações que serão debatidas ao longo deste ano estão a devolução da anuidade às mulheres advogadas no ano em que tiverem filhos, a critério de cada seccional, ou a construção de local para os filhos em fóruns e outros órgãos do Judiciário, assim como a preferência em sustentações orais para advogadas grávidas e a suspensão de prazos no mês do parto. “Temos de criar mecanismos para o fortalecimento das mulheres”, diz.
Dia da Mulher
E nesse Dia Internacional da Mulher, a vice-presidente da OAB-MG, Helena Delamonica, aproveita para ressaltar a importância da mulher na advocacia, profissão pertinente ao homem e à mulher. “Ambos têm o mesmo grau de competência, estudo e de encaminhamento, em termos de fortalecimento da cidadania. Então, não há porque ter discriminação. Por exemplo, quantas mulheres são chefes de família e passam em concursos de forma brilhante. Isso traduz a competência, o empenho da mulher. Da mesma forma que o homem pode participar, a mulher também”.
Na opinião dela, as mulheres advogadas já tiveram muitas conquistas, mas ainda falta muito a ser alcançado para traduzir a participação delas de uma maneira justa. “Quando a mulher é uma boa profissional, o trabalho a credencia. O respeito vem a partir do conhecimento, da técnica de trabalho e da competência para atuar na área escolhida”, frisa Helena Delamonica.
De acordo com a vice-presidente da OAB-MG, esse ano, por ter sido colocado como ano da mulher advogada, é muito importante, pois traduz um acolhimento maior da mulher na OAB. “Precisamos estar presentes para fazermos nossas atuações devidas. A OAB conta com 90 comissões. A Caixa de Assistência dos Advogados (CAA) e a diretoria também estão abertas. As mulheres profissionais podem vir participar. Além de enriquecer o trabalho como profissional, elas ainda contribuem para o fortalecimento da cidadania. Em todas as áreas estamos presentes e os advogados e advogadas têm que fazer a diferença”, completa.
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Redação Dom Total
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