Elaine Ribeiro dos Santos*
A alegria de ser mulher está entremeada de desafios que nosso tempo impõe ou que nós mesmas colocamos como alterações em nossa forma de ser. Faz parte da realidade feminina, nos dias atuais, várias jornadas de trabalho: a empresa, a casa, o marido, o cuidado com os filhos, como levá-los à escola e, muitas vezes, criá-los sozinhas. Há tantas outras situações vivenciadas pela mulher! Porém, muitas delas se sentem perdidas, não encontram sentido na vida e acabam endurecidas e até mesmo entristecidas.
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Mesmo assim, acredito que o grande desafio da mulher é ser mulher. Como assim? Já percebeu o quanto a mulher perdeu sua origem? Na competição por direitos iguais, nós as vemos colocando-se como rivais dos homens, como aquelas que disputam, da mesma forma, os espaços antes ocupados por eles. É claro que precisamos trabalhar e ter nossas conquistas, mas já viram quantas se queixam da solidão, da falta de um companheiro, do abandono?
Por que insistimos na diferença entre os sexos?
Por que a mulher insiste em ser aquilo que sua própria constituição física não permite? A nossa constituição humana não nos faz ser assim. Homem e mulher não são iguais, a começar pelos cromossomos, não é mesmo?
Na tal “guerra dos sexos” tanto homem quanto mulher são perdedores por deixarem de viver a beleza do dom de cada um. A mulher por ser feminina, doce, sensível, acolhedora, mãe, enfim, batalhadora, persistente. Tudo isso é muito natural na realidade feminina, mas o grande desafio é não deixar de lado as habilidades que foram confiadas a cada uma de nós em nossa constituição.
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O Papa João Paulo II tece, em uma de suas cartas, um belíssimo comentário sobre nós, dizendo que “rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres perfeitas e pelas mulheres fracas“.
Com toda a beleza que foi dada especialmente a nós, vale uma grande reflexão ligada à importância da valorização da essência feminina. Ao deixar essa essência de lado, muitas vezes nos fechamos ao amor, àquilo que é natural a cada uma de nós.
Deixamos de nos valorizar e, muitas vezes, queremos ser valorizadas pelos homens. É tempo de rever nossa postura no mundo, de voltar ao essencial; não vamos voltar ao século passado, mas é importante que possamos atualizar o ser mulher em nosso tempo, não nos esquecendo da riqueza desse dom único e especial: ser mulher! É tempo de retomada, de viver valores esquecidos, dons adormecidos e sinais do feminino. É tempo de reavivar a natureza tão bela da mulher, do equilíbrio, da doçura e da força, de todo este universo de características que nos fazem mulher, mas que, muitas vezes, foram deixadas de lado.
*Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Facebook: elaine.ribeiropsicologia Twitter: @elaineribeirosp
Fonte: Canção Nova
Fonte: Canção Nova
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