quarta-feira, 2 de março de 2016

Porcos, diamantes, pérolas e lama

'Acho porcos, suínos e leitões criaturas das mais simpáticas'.
Tem uma frase injusta pichada num muro perto da minha casa: “Já não se pode distinguir homens de porcos”. Ou vice versa. Ainda bem que está descascando. Acho uma injustiça com os doces suínos.
Acho porcos, suínos e leitões criaturas das mais simpáticas. É raro, mas tem gente que trata porco como animal doméstico. São alegres, felizes, engraçados. Javali é outra coisa, principalmente em filmes de terror (“Hannibal”), no cardápio do Obélix e no próprio restaurante “Nos Ancêtres les Gaulois”, em Paris.
Em 1993/94, em Berlim, ganhei de uma namorada, um primeiro cofre porquinho, em cerâmica. Usei tanto que hoje tenho uma coleção destes cofrinhos, cada um num estilo, num material. É onde guardo dinheiro para viagens, em notas de R$ 20 e moedas de R$ 1, exclusivamente.
Minha namorada captou a mensagem e já me deu vários destes mamíferos bunodontes em forma de cofre e até um de pelúcia rosa, que comprou em Paris, o Libório, uma figura! Adoro Libório.
Esta semana foi a do Oscar, né?
Eu já tinha visto alguns dos filmes, não todos, mas os principais concorrentes. Não concordei com todos os resultados, mas Leonardo Di Caprio mereceu. Merecia há muito tempo.
Amo cinema, mas atualmente, as séries para TV, principalmente as inglesas e as nórdicas me divertem bem mais. Sem esquecer a americana, “House of Cards”, claro.
Sábado 27 e domingo 28, assisti às duas temporadas de “Utopia”. Muito boa, um thriller cheio de sangue, algum humor roxo e uma irlandesa muito saborosa de nome idem: Fiona O'Shaughnessy.
Vi as duas temporadas completas; a entrega do Oscar e pronto, ficou aquele vazio, logo preenchido por nova sugestão de minha namorada, que sabe tudo de séries: “Black Mirror”. E ela me recomendou: cuidado que o primeiro episódio, “The National Anthem”, é sinistro. Melhor, sórdido! Foi a palavra que ela usou e não deu outra. Ainda bem.
Vou resumir rapidamente pra não chocar muito, tá? Como se fosse possível.
Na nobre Inglaterra de Londres, uma princesa é seqüestrada. Os vilões para não executá-la, como resgate, só exigem uma coisa: que o primeiro ministro faça sexo, ao vivo, em rede nacional e aberta de televisão, com um... Porco. Ou seria porca? Não ficou bem especificado, mas isso não importa; né? Zoofilia é soda! Uma falta de absurdo! Chocante.
O primeiro ministro cede e faz. Mas não vou contar detalhes, nem o fim.
Apenas que, sem querer, imaginei se tal horripilância acontecesse no Brasil... Se seqüestrassem alguém da família de Lula ou de Dilma. E Dilma ou Lula, digamos, fossem obrigados a...
Juro. Sinceramente. Eu convocaria urgentemente a Sociedade Protetora dos Animais. Nem um javali canibal carnívoro assassino zumbi merece isso.
ps:oinc oinc para todos!
*Walter Navarro é jornalista, cronista e artista plástico

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