terça-feira, 1 de março de 2016

Solidariedade: Responsáveis do Sri Lanka vieram a Lisboa agradecer ajuda da Cáritas


Agência Ecclesia 01 de Março de 2016, às 10:53        Foto: Cáritas Diocesana de Lisboa

500 casas foram construídas depois do tsunami de 2014 com donativos portugueses
Foto: Cáritas Diocesana de Lisboa

Lisboa, 01 mar 2016 (Ecclesia) - O diretor da Cáritas do Sri Lanka, padre George Sigamoney, e o bispo de Kandy, D. Vianney Fernando, estão em Lisboa para agradecer a ajuda dos portugueses na reconstrução do país após o tsunami e a guerra civil.

“Construímos 500 casas para as vítimas do tsunami e as da guerra, ajudando-as a reconstruir a sua vida”, em especial no caso dos pescadores, explica à Agência ECCLESIA D. Vianney Fernando.

Os dois responsáveis encontraram-se esta segunda-feira com D. José Traquina, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana e responsável pelo acompanhamento da Cáritas.

A Cáritas Portuguesa financiou vários projetos no Sudeste asiático para auxiliar os países atingidos pelo tsunami de 2004, que tirou a vida a 230 mil pessoas.

Tailândia, Indonésia, Sri Lanka e Índia foram os países que a Cáritas auxiliou através da campanha ‘Cáritas Ajuda as vítimas do Sudeste Asiático’ que angariou quatro milhões e novecentos mil euros.

A situação de guerra civil dificultou a concretização de respostas no Sri Lanka até 2009, tendo a Cáritas canalizado cerca de 650 mil euros para a construção de habitações e formação profissional neste país.

O bispo de Kandy refere que a ajuda portuguesa foi “muito importante” e recorda a “onda de solidariedade” de todo o mundo após a tragédia de 26 de dezembro de 2004.

“Portugal tem uma ligação especial ao Ceilão, fomos uma colónia portuguesa no século XVI, foi o povo que nos deu a fé”, acrescenta D. Vianney Fernando.

Já o diretor da Cáritas Sri Lanka sublinha que “a solidariedade mostrada pelo povo português é notável”.

“Ainda há em muitas partes do Sri Lanka famílias com ligações a Portugal”, recorda o padre George Sigamoney.

A Cáritas foi uma presença constante no país, durante a guerra civil que se prolongou entre 1983 e 2009, mas para este responsável “a vida das pessoas ainda não assentou”.

Nesse sentido, espera o apoio da comunidade internacional para “ajudar a restabelecer a vida das comunidades afetadas” pelo conflito, desde a habitação à educação.

Dos 21 milhões de habitantes do Sri Lanka, pouco mais de 6% são católicos, mas segundo o padre George Sigamoney a Igreja “está a crescer”.

 “A fé que recebemos dos países ocidentais, em particular dos portugueses, está a dar frutos”, conclui.

HM/OC

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