Secretário-geral das Nações Unidas lançou um apelo aos países para agirem de forma solidária, em nome da humanidade, acolhendo os refugiados sírios que enfrentam uma situação de desespero
Por Francisco Pedro
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, deslocou-se a Genebra, na Suíça, para participar numa reunião sobre os refugiados sírios e deixou dois pedidos aos líderes mundiais: que sejam solidários, aceitando os que fogem da guerra, e tomem medidas para evitar o medo da população. «As tentativas de demonizar os refugiados são ofensivas e incorretas», disse o responsável.
Ki-moon recordou que o acolhimento de refugiados pode ser um benefício para todos, desde que gerido de forma correta, pois os expatriados têm fama de ser empenhados «na educação e na auto-resiliência». E sugeriu algumas medidas a tomar, como o reassentamento ou admissão humanitária de refugiados, reunificação de famílias e oferta de oportunidades de trabalho ou de estudo.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) calcula que 10 por cento dos refugiados sírios – cerca de 480 mil pessoas - precisam ser realojados ou admitidos noutro país. Mas até agora, as nações concordaram em receber apenas 179 mil pessoas. Para o responsável máximo da ONU, é um número pequeno, comparado com os milhões que estão na Turquia, no Líbano e na Jordânia.
Perante este cenário, Ban Ki-moon reiterou a necessidade de mais países abrirem as suas portas aos civis sírios, que enfrentam «uma situação de desespero», lembrando que hoje essas pessoas são refugiadas, mas amanhã podem ser estudantes, professores, cientistas ou investigadores.
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