Roma (RV) – Com a assinatura do Acordo climático de Paris, o trabalho duro começa agora: essa é a consideração da Caritas Internacional, comentando o encontro dos líderes mundiais na sede da Nações Unidas, em Nova Iorque, para a cerimônia de assinatura do Acordo. Para que entre em vigor, o texto deve ser ratificado por pelo menos 55 países.
“Trata-se de um evento histórico”, afirma a Caritas, pois o texto dispõe normativas internacionais para fazer frente à mudança climática, reconhecendo-a como um autêntica ameaça para a população mundial e para o planeta. Por isso, a Confederação lança um apelo por sua rápida aplicação: “Chamamos todos os governos do mundo a evitar qualquer tipo de atraso na ratificação e a proceder com firmeza segundo as normativas nacionais”.
A Caritas destaca também os aspectos positivos e negativos do Acordo. Entre os negativos, fala da ausência de garantias vinculantes no que se refere aos Direitos Humanos, ao uso respeitoso da Terra e à segurança alimentar. Também não enfrenta os problemas da demanda de consumo nem do comércio internacional. Entre seus aspectos positivos, estão a meta a longo prazo para limitar o aquecimento e um mecanismo de revisão quinquenal.
“Ainda que não represente a resposta perfeita, o Acordo de Paris é o único instrumento internacional que existe hoje e sobre o qual se basearão as políticas nacionais no futuro”, afirma a Caritas, que acrescenta:
“Sendo um marco internacional, o Acordo deve ser completado em nível nacional mediante uma interpretação e uma implementação que leve realmente em consideração os mais vulneráveis e que promova os Direitos Humanos.”
As organizações da Caritas garantem sua participarão em atos de conscientização pública em seus respectivos países e no diálogo com os governos, para continuar contribuindo aos esforços mundiais para deter as mudanças climáticas e proteger as pessoas.
“Celebramos a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris no Dia da Terra. Todavia, o trabalho duro começa agora.
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