domingo, 24 de abril de 2016

Direitista e ecologista disputarão presidência da Áustria no 2º turno


Norbert Hofer, de partido ultranacionalista, teve 35,3% dos votos.
Segundo colocado foi Alexander Van der Bellen, com 21,3%.

Da EFE
Candidato Norbert Hofer, do partido ultranacionalista, chega a local da votação na Áustria (Foto: Dieter Nagl/AFP)Candidato Norbert Hofer, do partido ultranacionalista, chega a local da votação na Áustria (Foto: Dieter Nagl/AFP)
Norbert Hofer, o candidato do partido ultranacionalista populista FPÖ, venceu neste domingo (24) o primeiro turno das eleições presidenciais da Áustria com 35,3% dos votos e enfrentará no segundo e decisivo turno, marcado para 22 de maio, o candidato ecologista Alexander Van der Bellen.
Segundo a mais recente projeção da televisão pública "ORF", com uma margem de variação de um só 1 ponto percentual e após a apuração de 71% dos votos, Van der Bellen foi segundo com o 21,3%, diante da candidata independente Irmgard Griss, com 18,9%.
Pela primeira vez na história da Áustria, os candidatos da atual coalizão de governo, formada pelo partido social-democrata SPÖ e o democrata-cristão ÖVP, ficaram fora do segundo turno.
O candidato democrata-cristão Andreas Khol foi quarto com 11,2%, diante do social-democrata Rudolf Hundstorfer, com 10,9%.
No passado, os candidatos dos dois grandes e históricos partidos políticos do país costumavam superar juntos 80% dos votos nas eleições presidenciais.
A presidência austríaca é um cargo protocolar, sem poderes executivos, como representante do país no exterior. No entanto, também tem alguns poderes concretos como o de dissolver o parlamento, destituir o governo e ser o comandante-em-chefe do Exército, entre outros.
A clara vitória de Hofer contradiz todas as pesquisas das últimas semanas que indicavam que Van der Bellen era o principal favorito para ganhar estas eleições.
O eurocético, xenófobo e populista partido FPÖ aparece nas pesquisas de intenções de voto como a força mais apoiada do momento, com mais de 30%.
Por isso, as eleições de hoje eram vistas como um termômetro do apoio popular do FPÖ e dos dois partidos governantes.

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