Agência Ecclesia 11 de Abril de 2016, às 15:29
(Lusa)
Proposta de candidatura a património humanidade quer marcar ano santo extraordinário
Lisboa, 11 abr 2016 (Ecclesia) - A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai apresentar ao Papa o trabalho desenvolvido com os refugiados, durante um encontro marcado para quarta-feira, no Vaticano.
Manuel de Lemos, presidente da UMP, confessa à Agência ECCLESIA a “grande emoção” por este encontro, “breve”, em que quer falar do “trabalho sério e dedicado que as Misericórdias têm feito”.
A delegação será constituída por Manuel de Lemos e pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral da UMP, José Silva Peneda, que esta terça-feira se vão encontrar com o cardeal Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (Santa Sé).
“Nós hoje temos uma experiência já acrescida, recebemos mais de uma centena de refugiados, grande parte dos que vieram têm sido entregues às Misericórdias”, explica o presidente da UMP.
Esta experiência mostrou “problemas novos” e ajudou a compreender melhor o “drama” dos refugiados, acrescenta.
Assembleia geral da União das Misericórdias Portuguesas reuniu-se este sábado em Fátima e lançou a proposta de candidatura a património da humanidade, como forma de assinalar o ano santo extraordinário convocado pelo Papa Francisco, o Jubileu da Misericórdia.
“A ideia da misericórdia é uma ideia da humanidade, atravessa toda a história humanidade. A misericórdia dos homens, de Deus e dos homens como intérpretes da misericórdia de Deus. Em todas as religiões a ideia das misericórdias está presente”, refere Manuel de Lemos.
A proposta será depois apresentada à Confederação Internacional das Misericórdias, que reúne hoje cerca de 4200 instituições de 24 países.
“É muito interessante que seja a União das Misericórdias Portuguesas a lançar às suas congéneres do mundo esta ideia de apresentar a candidatura da Misericórdia, do património imaterial das Misericórdias, a património da humanidade”, assinala o presidente da UMP.
A iniciativa vai estar em debate no próximo congresso da UMP (2-4 de junho).
JCP/OC
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