segunda-feira, 18 de abril de 2016

Polônia vive últimos dias de peregrinação de Cruz e Ícone em preparação à JMJ 2016

Denise Claro
Da redação
Cruz e Ícone de Nossa Senhora estão peregrinando em toda a Polônia e Leste Europeu./ Foto: Site JMJ2016
Cruz e Ícone de Nossa Senhora peregrinam em toda a Polônia e Leste Europeu./ Foto: Site JMJ2016
A Polônia vive seus últimos dias em preparação à Jornada Mundial da Juventude 2016, que será realizada em Cracóvia. Dentre as atividades, está o final da peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora pela região, símbolos que acompanham os jovens participantes das jornadas.
A Cruz e o Ícone foram dados aos jovens por João Paulo II, em diferentes momentos. Desde então, durante a Jornada, permanecem no palco dos atos centrais do evento.
A peregrinação dos símbolos da JMJ é um dos elementos mais importantes de preparação do país que acolherá a Jornada Mundial da Juventude. Os símbolos, no período entre jornadas, peregrinam de diocese em diocese do próximo país sede. Visitam Igrejas, penitenciárias, escolas, hospitais, e onde mais se fizer necessário.
No dia 13 de abril de 2014, ao final da Missa de Ramos, no Vaticano, jovens do Brasil (país sede da última JMJ) entregaram aos jovens poloneses os símbolos da Jornada Mundial da Juventude. Na ocasião, o Papa Francisco confirmou a importância dos símbolos: “Peçamos ao Senhor que a Cruz, junto com o ícone de Maria Salus Populi Romani, sejam sinais de esperança para todos revelando ao mundo o amor invencível de Cristo”.
No dia seguinte, os símbolos chegaram à Polônia. Desde então, a Cruz e o Ícone visitaram as dioceses do país, e também nações vizinhas: Bielorrússia, Lituânia, Letônia, Rússia, Ucrânia, Moldávia, Romênia, Hungria, Eslováquia e República Checa.
Mapa apresenta programação da peregrinação dos símbolos da JMJ no território polonês./ Arte: Site JMJ2016
Mapa apresenta programação da peregrinação dos símbolos da JMJ no território polonês./ Arte: Site JMJ2016
Neste domingo, 17, a cruz e o ícone chegaram à arquidiocese de Gniezno, localizada na região centro-oeste da Polônia, onde permanecerão até o dia 30 de abril. Será o único lugar a receber os símbolos pela segunda vez.
Em entrevista ao site da arquidiocese, Marcin Kulczynski, padre capelão da juventude, afirmou: “Queremos que sejam dias em que os símbolos atinjam não só nossas paróquias e comunidades, mas especialmente àqueles lugares onde a Cruz não está presente. Queremos passar com a Cruz e o Ícone nos mercados e ruas de nossas cidades, centros de detenção e hospícios, queremos levá-los às pessoas que não chegam até as Igrejas.”

A Cruz

Cruz entregue aos jovens poloneses./ Foto: Site JMJ2016
Cruz entregue aos jovens poloneses./ Foto: Site JMJ2016
A cruz de madeira foi fabricada em 1983 por ocasião do início do Ano Santo da Redenção (25.03.1983 – 22.04.1984). Durante a celebração da abertura do Ano Santo, os jovens entraram com a Cruz na Basílica de São Pedro, e lá permaneceu durante todo o Jubileu. Foi colocada junto ao sepulcro de São Pedro e estava presente nas celebrações, acompanhando os grupos de peregrinos que visitavam o Vaticano. Entre eles não faltavam os jovens: representantes dos movimentos e comunidades que juntos responderam o convite do Santo Padre.
Estes jovens pediram ao Papa João Paulo II que lhes entregassem a Cruz após o término das celebrações. O Santo Padre atendeu ao pedido e, no Domingo da Ressurreição, lhes deu a Cruz do Jubileu com as seguintes palavras:
“Confio a vocês mesmos o sinal deste ano Jubilar: A Cruz de Cristo! Levada pelo mundo como sinal do amor do Senhor à humanidade, anuncia que somente em Cristo morto e ressuscitado existe salvação e redenção.” (São João Paulo II, 22.04.1984)
Este acontecimento foi o começo não somente da peregrinação da Cruz por todo o mundo, mas também o anúncio da Jornada Mundial da Juventude.
A princípio, os jovens levaram a cruz para sua casa, quer dizer, ao Centro de São Lourenço, a casa dos jovens fundada por São João Paulo II no Vaticano. A cruz permaneceu aí de maneira fixa e a partir daí foi levada pelos jovens, saindo em viagem.
A primeira vez que a Cruz saiu em peregrinação foi para o Dia dos Católicos na Alemanha (1984) e logo a outros países europeus. Em 1987 em Buenos Aires teve lugar a II Jornada Mundial da Juventude, saindo da Europa.
Até hoje, a cruz esteve em todos os continentes, incluindo países de guerra e conflito. Os jovens a levam tanto aos santuários e lugares de culto como às partes que necessitam diariamente dos testemunhos de fé.

O Ícone

Ícone de Nossa Senhora Salus Populo Romani./ Foto: Site JMJ2016
Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani./ Foto: Site JMJ2016
O Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani é a imagem mariana de maior devoção na Itália. O apelido “Salvadora do povo romano” remonta sua origem aos acontecimentos dos finais do século VI, quando os habitantes de Roma sofriam por causa de uma peste.
No ano 590, o Papa Gregório Magno levava esta imagem da Virgem, precedendo a uma procissão suplicante pela salvação da cidade. Foi então visto um anjo no céu que estava escondendo a espada do castigo. Em pouco tempo, a peste cessou.
Hoje em dia, o ícone, famoso por suas graças, se encontra na basílica Santa Maria Maior, onde os romanos reúnem-se para rezar por muitas intenções.
Nossa Senhora de Salus Populi Romani apareceu na Jornada Mundial da Juventude pela primeira vez no ano de 2000, quando a réplica do ícone encontrou-se junto ao altar papal instalado em Tor Vergata.
Três anos depois, durante a Jornada Mundial da Juventude celebrada a nível diocesano, João Paulo II animava os jovens para que se aproximassem mais de Jesus por intermédio de sua mãe. Em sua homilia na Jornada Mundial da Juventude de 2003 explicou: “A Virgem Maria nos é dada para ajudar-nos a entrar em um contato mais sincero e pessoal com Jesus. Com seu exemplo ensina como olhar com amor a ELE que nos amou primeiro.”
Foi durante este encontro que o Papa presenteou a juventude com a réplica do ícone para que viajasse junto a Cruz por todo o mundo. Ao mesmo tempo, com este gesto comunicou seu testemunho: o lema “totus tuus”, que se transmitiu para as seguintes gerações de jovens.

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