Seis pessoas foram detidas na capital, além de quatro estudantes na periferia.
Estudantes lançam pedras contra a polícia em Montpellier, França, em 14 de abril de 2016.
Centenas de manifestantes fizeram um quebra-quebra em Paris, nesta quinta-feira à noite, depois de um protesto organizado na Praça da República.
No início, os manifestantes gritavam que seguiriam para o Palácio do Eliseu para esperar o presidente François Hollande, depois de um discurso divulgado ao vivo pela televisão.
Um cordão policial desviou os manifestantes, que então seguiram para o norte da capital. No caminho, alguns jovens quebraram pontos de ônibus, janelas de carro e vitrines.
Pouco antes das 23h local (18h em Brasília), no norte da capital francesa, a Polícia havia ordenado a dispersão da multidão. Os ativistas caminharam divididos em pequenos grupos, e a situação voltou à calma, diante do forte efetivo policial.
Um jornalista da AFP presenciou a detenção de cerca de dez jovens às margens do canal Saint-Martin.
Ao mesmo tempo, reinava à noite um ambiente festino na Praça da República. Há duas semanas, o local é ocupado pelos seguidores do movimento "Nuit debout" (Noite em pé), depois de momentos de tensão durante o dia entre jovens e policiais. Os agentes usaram gás lacrimogêneo, e quatro manifestantes ficaram feridos, segundo a Polícia.
Nesta quinta, seis pessoas foram detidas na capital, além de quatro estudantes na periferia. De manhã, dois membros de uma instituição escolar do leste de Paris foram agredidos por dois jovens, denunciou a reitoria. Os estudantes reivindicam a retirada do projeto de lei trabalhista.
Em visita a Mantes-la-Jolie, no leste de Paris, o primeiro-ministro socialista Manuel Valls foi cercado por cerca de 50 manifestantes.
Em Nantes (oeste) e Montpellier (sul), as passeatas terminaram em 17 detenções nesta última. Perto de Toulouse, pelo menos 200 manifestantes invadiram uma conferência do presidente da patronal (Medef), Pierre Gattaz, sobre a "solidão" dos empresários.
Em Rennes (oeste), várias manifestações na frente das lojas do McDonald's denunciaram "a evasão fiscal, a violação dos direitos sindicais" e a reforma da legislação trabalhista.
AFP
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