sábado, 14 de maio de 2016

Faop restaura obras da Igreja de Nossa Senhora do Carmo


Restauro ocorre em um ateliê montado na própria sacristia da igreja
Restauro ocorre em um ateliê montado na própria sacristia da igreja
Até o fim do mês de agosto estarão em processo de restauração duas pinturas sacras do Século XIX que retratam São Luís, Rei da França, e São Eduardo, Rei da Inglaterra, importantes santos da Igreja Católica. As obras fazem parte do acervo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada em Ouro Preto, e estão sendo restauradas em um ateliê montado na própria sacristia da igreja.
O projeto é desenvolvido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) como trabalho didático da disciplina “Elaboração de Projetos”, do Curso Técnico em Conservação e Restauro, e conta com a participação dos alunos sob a coordenação do professor Silvio Luiz de Oliveira. O processo de restauração é aberto à visitação para os interessados em acompanhá-lo e acontece de segunda a sexta-feira com entrada gratuita.
Segundo o professor, a restauração das duas telas é importante porque ambas fazem parte da história da Igreja do Carmo. “Elas estavam rasgadas e com alguns problemas. Já trabalhamos nesses rasgos e agora vamos planificar e retirar dobras e deformações”, completa. “Fico muito feliz ao ver os alunos envolvidos nessa ação”.
Juliana do Amaral Leopaci é aluna do Curso Técnico em Conservação e Restauro e conta mais sobre o projeto. “Pensamos em montar o ateliê aqui mesmo na Igreja para turistas e moradores conhecerem a área e terem mais contato com o patrimônio”, afirma. Juliana garante que as experiências adquiridas são significativas e revela que o trabalho “é gratificante e ao mesmo tempo de grande responsabilidade, por isso fazemos tudo com muito cuidado”.
O processo é realizado por meio de métodos científicos e critérios estéticos, considerando a intenção original do artista e utilizando materiais de qualidade. A proposta é devolver o aspecto original das pinturas, recuperar a estabilidade dos materiais e a recomposição estética de seus elementos artísticos.
As obras têm autoria desconhecida, estão em estado regular de conservação e apresentam suporte fragilizado, perdas pontualizadas, deformações e intervenções anteriores. A camada pictórica das obras apresenta sujidade generalizada, verniz oxidado, perdas de pintura, retoques oxidados, abrasionamento e respingos de tinta.

Agência Minas

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