Restauro ocorre em um ateliê montado na própria sacristia da igreja
Até o fim do mês de agosto estarão em processo de restauração duas pinturas sacras do Século XIX que retratam São Luís, Rei da França, e São Eduardo, Rei da Inglaterra, importantes santos da Igreja Católica. As obras fazem parte do acervo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada em Ouro Preto, e estão sendo restauradas em um ateliê montado na própria sacristia da igreja.
O projeto é desenvolvido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) como trabalho didático da disciplina “Elaboração de Projetos”, do Curso Técnico em Conservação e Restauro, e conta com a participação dos alunos sob a coordenação do professor Silvio Luiz de Oliveira. O processo de restauração é aberto à visitação para os interessados em acompanhá-lo e acontece de segunda a sexta-feira com entrada gratuita.
Segundo o professor, a restauração das duas telas é importante porque ambas fazem parte da história da Igreja do Carmo. “Elas estavam rasgadas e com alguns problemas. Já trabalhamos nesses rasgos e agora vamos planificar e retirar dobras e deformações”, completa. “Fico muito feliz ao ver os alunos envolvidos nessa ação”.
Juliana do Amaral Leopaci é aluna do Curso Técnico em Conservação e Restauro e conta mais sobre o projeto. “Pensamos em montar o ateliê aqui mesmo na Igreja para turistas e moradores conhecerem a área e terem mais contato com o patrimônio”, afirma. Juliana garante que as experiências adquiridas são significativas e revela que o trabalho “é gratificante e ao mesmo tempo de grande responsabilidade, por isso fazemos tudo com muito cuidado”.
O processo é realizado por meio de métodos científicos e critérios estéticos, considerando a intenção original do artista e utilizando materiais de qualidade. A proposta é devolver o aspecto original das pinturas, recuperar a estabilidade dos materiais e a recomposição estética de seus elementos artísticos.
As obras têm autoria desconhecida, estão em estado regular de conservação e apresentam suporte fragilizado, perdas pontualizadas, deformações e intervenções anteriores. A camada pictórica das obras apresenta sujidade generalizada, verniz oxidado, perdas de pintura, retoques oxidados, abrasionamento e respingos de tinta.
Agência Minas
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