Falando em conferência realizada em Portugal, Pascale Warda defendeu trabalho humanitário realizado pela Igreja Católica no Oriente Médio
Falando no final da conferência realizada em Évora, no sábado passado, Pascale Warda, a ex-ministra iraquiana defendeu o trabalho humanitário realizado pela Igreja Católica no Médio Oriente, destacando a Fundação AIS como uma das organizações que faz chegar os “bens necessários” às populações mais carenciadas.
Numa breve entrevista para o programa de rádio “Igreja no Mundo”, da Ajuda à Igreja que Sofre, Warda afirmou que, “se não houvesse a AIS, nem outras organizações da Igreja, da Europa e de outros países, os nossos países estariam completamente em perigo”. “Já tínhamos acabado, se não houvesse ninguém lá para nos ajudar.”
A ex-ministra das Migrações do governo provisório liderado por um representante das Nações Unidas no Iraque, de Junho de 2004 a Maio de 2005, e uma das vozes mais activas na defesa dos cristãos vítimas dos ataques jihadistas no Médio Oriente, aproveitou a sua intervenção neste encontro em Évora, da Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos, para denunciar, uma vez mais, a perseguição aos cristãos e o genocídio por motivos religiosos que está a ocorrer na região.
Defendendo que os portugueses podem e devem ter um papel mais activo na denúncia desta situação e na defesa das minorias religiosas, Pascale Warda elogiou a “ajuda humanitária de vários países, que chega através da Igreja e de várias organizações, que trazem bens necessários para o nosso povo que tem necessidades”.
Sem essa ajuda, esclareceu, seria bem mais grave a situação dos cristãos no Iraque, assim como outras minorias religiosas igualmente perseguidas pelos terroristas do auto-proclamado “Estado Islâmico” e de outros grupos jihadistas. “Já tínhamos acabado, se não houvesse ninguém lá para nos ajudar”, afirmou, denunciando o “genocídio” em curso no Médio Oriente.
“É um genocídio, pois estamos completamente deslocados das nossas origens, somos mortos, somos violados… O que é que é um genocídio? Não temos o direito moral de estar na nossa própria casa… As casas são destruídas, as igrejas também, até o património histórico é destruído, a cultura, a religião, é tudo um alvo.”
Nestas declarações, Pascale Warda fez mais um apelo à comunidade internacional – e aos portugueses em particular – para que façam ouvir a sua voz em defesa das comunidades perseguidas na região.
"A vossa voz, a voz das vossas autoridades e da União Europeia é muito importante para pressionar as Nações Unidas”, disse, destacando ainda o papel específico que cabe às organizações da Igreja na denúncia deste genocídio: “A Igreja, penso que é uma parte poderosa da nossa sociedade, principalmente na Europa… Têm de erguer a vossa voz para serem eficazes e fazer pressão junto das vossas autoridades. Por favor, não minimizem as vossas possibilidades. Vocês são um povo forte e civilizado, e podem agir e mudar este mundo para melhor". Zenit
Nenhum comentário:
Postar um comentário