Cardenal Antonio Cañizares. Foto: AVAN.
MADRI, 16 Jun. 16 / 08:00 am (ACI/Actuall).- A Procuradoria abriu um pedido de investigação penal contra o Arcebispo de Valência, Espanha, Cardeal Antonio Cañizares, como suposto autor de um delito de ódio contra os homossexuais e as mulheres, através do qual poderia enfrentar até três anos de prisão.
Carmen Andreu, a procuradora encarregada do caso, deverá determinar se o Cardeal Cañizares cometeu um delito contra o lobby gay e feminista depois da denúncia apresentada por Lambda – coletivo de gays, lésbicas transexuais e bissexuais – que acusa o arcebispo pelas “suas imperdoáveis declarações homofóbicas e machistas contra os homossexuais e o movimento feminista”.
O Purpurado se referiu durante uma homilia a “importante escalada contra a família por parte de dirigentes políticos, ajudados por outros poderes como o ‘império gay’ e certas ideologias feministas”, sublinhando que as “leis que comentam a ideologia de gênero” são “as mais insidiosas que existem em toda a história da humanidade”. Palavras que fizeram com que Lambda apresentasse uma denúncia contra o Cardeal.
Três anos de prisão
A Promotoria investigará se o Cardeal Cañizares cometeu um delito de ódio, recolhido no artigo 510 do Código Penal, que diz textualmente: “Castiga-se com penas de até três anos da prisão os denominados delitos de incitação ao ódio ou à violência, contra grupos ou associações, por motivos racistas, antissemitas, ideológicos, religiosos, de raça, etnia ou nacionalidade, aplicável também aos que com conhecimento de sua falsidade ou temerário desprezo para a verdade, difundiram informações injuriosas sobre estes grupos ou associações”.
Bonig mostra seu apoio a Cañizares
Neste contexto, a número um do PP de Valência, Isabel Bonig assinalou nas cortes valencianas que “estas declarações de jeito nenhum incitam o ódio”, algo que para a Procuradoria não está tão claro.
De fato, Bonig assegurou em declarações ao jornal ‘Valencia Plaza’ que dentro de seu partido há “muitas pessoas homossexuais e muita gente lésbica”. “Nós os respeitamos e os defendemos”, expressou.
Depois do linchamento dos partidos políticos, primeiro o PSOE e agora o ‘Podemos’, a plataforma HazteOir.org criou uma nova campanha de apoio ao Cardeal para que seu direito à liberdade de expressão não seja diminuído.
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