Agência Ecclesia 27 de Junho de 2016, às 12:41
Foto: Diocese de Coimbra
D. Virgílio Antunes presidiu às ordenações na Sé Nova
Coimbra, 27 jun 2016 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este Domingo à ordenação de três novos presbíteros e dois diáconos, aos quais disse que devem ser “homens espirituais” com coração aberto e em saída, para não se tornarem “estorvos à ação salvífica de Deus”.
Durante a celebração na Sé Nova, acompanhada pela Agência ECCLESIA, D. Virgílio Antunes pediu aos novos sacerdotes e diáconos que deem tempo ao acolhimento das pessoas manifestando “disponibilidade com todos, especialmente para com os mais pobres, os doentes, os desanimados, os vacilantes na fé, os descrentes” e “grande espaço e tempo a Deus”.
“No silêncio pacificador do santuário e no encontro perturbador com as pessoas sentireis o que é a verdadeira espiritualidade cristã e sacerdotal, que se enraíza em Deus por meio do seu Espírito e se manifesta viva na comunhão com os irmãos”, explicou.
Na homilia, o bispo de Coimbra disse que nas “circunstâncias difíceis” em que vão exercer o ministério sacerdotal - “sujeitos a insucessos, perseguições, dispersões do rebanho, seduções provenientes das propostas do mundo ou desejos da carne” - só uma “vocação alicerçada numa espiritualidade séria e profunda” pode mantê-los fiéis e felizes.
D. Virgílio Antunes referiu que o sacerdócio “visto por fora” é “uma função, um serviço”, um ministério que alguém escolhido por Deus “decide aceitar fundado na fé e na certeza” e por dentro “é um mistério, ligado ao mistério de Deus” que santifica os escolhidos e por eles “realiza no tempo a santificação dos irmãos”.
O também presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios destacou que o “ideal do padre” consiste em ser santo, “participante da santidade de Cristo”, dedicando-se totalmente ao serviço dos irmãos que, “na caridade, significa para o padre participar da caridade pastoral de Jesus”.
Segundo o bispo diocesano, ser santo não é, “simplesmente”, uma “opção, genérica e teórica, porventura desencarnada, espiritualista, fechada em si mesma” mas passa “inevitavelmente” pela inserção na Igreja, que tem a “sua concretização visível” nas comunidades cristãs, dioceses e paróquias, famílias e pessoas “de todas as condições e em situações tão variadas”.
“O mistério do sacerdócio é o mistério do encontro mais profundo e mais decisivo de Deus com o homem, a ponto de o tomar na totalidade para que se torne plenamente seu, com vontade e liberdade, para se lhe entregar sem reservar nada do que é para si mesmo”, desenvolveu o prelado na homilia.
Segundo informação da Diocese de Coimbra, mais de 1500 pessoas participaram nas ordenações.
D. Virgílio Antunes presidiu à celebração da ordenação sacerdotal de Jorge de Brito, natural da Paróquia de Nogueira do Cravo; Nuno Fileno, natural de Almalaguês; e Pedro Simões, da Paróquia de Barcouço.
Já Daniel Rodrigues, natural de Nogueira do Cravo, e Rodolfo Albuquerque, de Póvoa de Midões, são os novos diáconos.
CB/OC
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